Paulo Granjo é doutorado em Antropologia Social (ISCTE, 2001), Prémio Sedas Nunes pelo seu livro «Trabalhamos Sobre um Barril de Pólvora», Homens e Perigo na refinaria de Sines (2007) e pioneiro da antropologia industrial em Portugal e Moçambique.

Nesses dois países, aplicou também ao estudo de um amplo leque de  terrenos temáticos (a adivinhação e cura, a feitiçaria, as práticas familiares e lobolo, os linchamentos e protestos violentos, a reintegração social de veteranos, a discriminação de gémeos e albinos, as alterações climáticas ou a precariedade laboral) os seus dois principais interesses teóricos: as concepções e respostas sociais às ameaças e riscos, partindo do conceito de “sistemas de domesticação da incerteza”; e a integração da complexidade dos fenómenos sociais na análise que acerca deles é feita, com inspiração na “teoria do caos”.

Vários dos 10 livros e mais de meia centena de artigos resultantes desses estudos (listados no item “Publicações”) são ensinados em universidades de Portugal, Moçambique, Brasil, Estados Unidos, Holanda e Angola.

Iniciou a sua atividade docente em 1999, como Professor Visitante na Universidade Eduardo Mondlane (UEM), onde até 2006 contribuiu para a formação da atual geração de antropólogos moçambicanos. Para além da sua participação continuada nos programas de mestrado e doutoramento do ICS-ULisboa, foi também Professor Convidado na ULHT, na FLUL e na FCSH-UNL.

Membro do Conselho Científico e da Comissão de Estudos Pós-graduados do ICS-ULisboa, Paulo Granjo é também membro do Colégio Tropical da ULisboa, Sócio Honorário por Mérito da AMETRAMO (Associação de Médicos Tradicionais de Moçambique) e Pesquisador Correspondente do Centro de Estudos Africanos da UEM.