A Pandemia Esquecida


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A epidemia de gripe de 1918-1919 atingiu Portugal num momento de crise económica, social, política e ideológica. Os estudos reunidos nesta obra procuram analisar o seu impacto sob distintas perspectivas, relativas à demografia, à gestão do risco, à história da medicina, às atitudes das autoridades políticas, sanitárias e religiosas. Confere-se a devida importância ao contexto em que a epidemia ocorre, bem como às estruturas de longa duração em que se inscreve. O caso português é observado em termos comparativos com outras sociedades e é inserido numa perspectiva global da pandemia.
Prefácio Cristiana Bastos |
p.17 |
Introdução - A pandemia esquecida José Manuel Sobral, Maria Luísa Lima, Paulo Silveira e Sousa e Paula Castro |
p.21 |
Parte I A pandemia no seu tempo |
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Capítulo 1 - A pandemia de gripe de 1918-1919: causas, evolução e consequências David Killingray |
p.41 |
Capítulo 2 - Perante a pneumónica: a pandemia e as respostas das autoridades de saúde pública e dos agentes políticos em Portugal (1918-1919) José Manuel Sobral, Paulo Silveira e Sousa, Maria Luísa Lima e Paula Castro |
p.63 |
Capítulo 3 - Uma crónica da influenza espanhola no Brasil Anny Jackeline Torres Silveira |
p.93 |
Capítulo 4 - A gripe pneumónica no Algarve (1918) Paulo Jorge Marques Girão |
p.107 |
Capítulo 5 - A sobremortalidade de 1918 em Portugal: análise demográfica Mário Leston Bandeira |
p.131 |
Capítulo 6 - A gripe pneumónica de 1918 em Portugal Continental: estudo sócioeconómico e epidemiológico, com particular análise do concelho de Leiria João Cúcio Frada |
p.155 |
Parte II A pandemia e os saberes médicos |
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Capítulo 7 - Lições de uma pandemia: análise comparativa das medidas sanitárias tomadas durante a gripe de 1918 e a SRA de 2003 Beatriz Echeverri Dávila |
p.165 |
Capítulo 8 - Gripe pneumónica em Portugal: tensões, controvérsias e incertezas de uma época de transições Paula Castro, Maria Luísa Lima, José Manuel Sobral e Paulo Silveira e Sousa |
p.179 |
Capítulo 9 - Bacilo versus vírus: olhares de médicos brasileiros sobre a gripe de 1918 Liane Maria Bertucci |
p.197 |
Capítulo 10 - Uma vacina «específica» para combater a gripe de 1918-1919 em Espanha María Isabel Porras Gallo |
p.209 |
Parte III Imagens, representações e atitudes face à pandemia |
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Capítulo 11 - Morte e memória da pneumónica de 1918 Maria Rita Lino Garnel |
p.221 |
Capítulo 12 - A gripe pneumónica no Portugal republicano: o olhar dos escritores e dos fotógrafos Daniel Melo |
p.237 |
Capítulo 13 - A febre da gripe nos jornais: processos de amplificação social do risco Maria Luísa Lima, Paula Castro, Paulo Silveira e Sousa e José Manuel Sobral |
p.255 |
Capítulo 14 - A epidemia antes da pandemia: o tifo exantemático no Porto (1917-1919) Paulo Silveira e Sousa, José Manuel Sobral, Maria Luísa Lima e Paula Castro |
p.279 |
Capítulo 15 - A Igreja e a pneumónica: auto-retrato e interpretações do flagelo José Manuel Sobral, Paulo Silveira e Sousa, Paula Castro e Maria Luísa Lima |
p.291 |
Bibliografia | p.313 |
Índice remissivo | p.333 |
Índice geográfico | p.343 |
José Manuel Sobral, licenciado em História e doutor em Antropologia, é investigador principal do Instituto de Ciências Sociais da Universidade de Lisboa. Tem investigado temas em Antropologia e História, com relevo para os domínios da família e do parentesco, da estrutura social, do poder e do conflito, do nacionalismo e do racismo, da memória social e da história da etnografia em Portugal. Ultimamente dedicou-se também ao estudo da gripe pneumónica e da antropologia histórica da alimentação e da cozinha. A sua obra principal é o livro Trajectos: o Presente e o Passado na Vida de uma Freguesia da Beira (Lisboa, ICS, 1999).
Maria Luísa Lima é professora associada com agregação no Departamento de Psicologia Social e das Organizações do ISCTE-IUL e investigadora do Centro de Investigação e Intervenção Social do ISCTE-IUL, em Lisboa. É presidente da Associação Portuguesa de Psicologia. Tem desenvolvido pesquisa no domínio da percepção de riscos ambientais e de saúde, centrando-se nos processos psicossociais que os modelam. Nos últimos anos, tem-se dedicado a este tema na perspectiva da Psicologia Social da Saúde.
Paula Castro é professora associada do Departamento de Psicologia Social e das Organizações do ISCTE–IUL e investigadora do Centro de Investigação e Intervenção Social do ISCTE–IUL. Tem investigado os processos psicossociais e os formatos comunicativos mobilizados pelos indivíduos e os grupos para a aceitação ou a resistência a inovações legislativas e científico-tecnológicas. Tem publicado em revistas como: Análise Social, Journal of Community and Applied Social Psychology, Journal for the Theory of Social Behaviour e Journal of Environmental Psychology.
Paulo Silveira e Sousa é investigador e doutorando do Instituto Universitário Europeu de Florença e mestre em Ciências Sociais pelo Instituto de Ciências Sociais da Universidade de Lisboa. Autor de vários artigos sobre História das Instituições, História Social das Elites, História dos Açores e História da Saúde Pública (séculos XIX e XX).