Luso descendentes 'regressados' em Portugal: Identidade, pertença e transnacionalismo
Luso descendentes 'regressados' em Portugal: Identidade, pertença e transnacionalismo
No âmbito de estudos transnacionais e das migrações, os descendentes de migrantes, muitas vezes, têm visões complexas e ambíguas sobre a sua identidade, onde é a sua casa e ‘onde pertencem exactamente'. Esta complexidade e ambiguidade sobressai ao retornarem ao país ancestral. Descendentes de migrantes regressados podem ser confrontados com uma profunda mudança da paisagem sócio-cultural, em que os seus ideais etno-culturais anteriormente concebidos ou os que possam ter herdado dos seus pais, através dos media ou em visitas de curta duração até à pátria ancestral, podem não existir ou estarem distorcidos em relação às suas próprias percepções. Suregem, assim, questões sobre definições etno-culturais impulsionadas pelas múltiplas relações e negociações que emergem no contexto de regresso, de migração e de ligações transnacionais mantidas. Estamos perante uma forma de mobilidade que se estende a novos tipos de espaços sociais e campos culturais que, muitas vezes, levam a questionar noções anteriormente estáveis e entidades fixas existentes no pré-retorno. O retorno, em si, acaba por desafiar, traduzir, (re)definir, narrar e (re)construir novos significados de ‘quem são esses indivíduos' em relação a ‘onde eles estão'. A natureza fulcral da proposta centra-se sobre estas questões; isto no âmbito do contexto de ‘regresso' dos descendentes de portugueses para o seu país ancestral - Portugal - provenientes de três países de origem: Canadá, França e Alemanha. Escolhemos estes países, dado que, em diferentes fases desde de 1950, têm sido destinos importantes para emigrantes portugueses e, simultaneamente, países de onde o regresso contra-diaspórico se tem tornado um fenómeno nas últimas décadas, sendo que uma grande parte desse retorno é composto por descendentes da primeira geração.
Migrações de regresso, Identidade, Pertença, Transnacionalismo
No âmbito de estudos transnacionais e das migrações, os descendentes de migrantes, muitas vezes, têm visões complexas e ambíguas sobre a sua identidade, onde é a sua casa e ‘onde pertencem exactamente'. Esta complexidade e ambiguidade sobressai ao retornarem ao país ancestral. Descendentes de migrantes regressados podem ser confrontados com uma profunda mudança da paisagem sócio-cultural, em que os seus ideais etno-culturais anteriormente concebidos ou os que possam ter herdado dos seus pais, através dos media ou em visitas de curta duração até à pátria ancestral, podem não existir ou estarem distorcidos em relação às suas próprias percepções. Suregem, assim, questões sobre definições etno-culturais impulsionadas pelas múltiplas relações e negociações que emergem no contexto de regresso, de migração e de ligações transnacionais mantidas. Estamos perante uma forma de mobilidade que se estende a novos tipos de espaços sociais e campos culturais que, muitas vezes, levam a questionar noções anteriormente estáveis e entidades fixas existentes no pré-retorno. O retorno, em si, acaba por desafiar, traduzir, (re)definir, narrar e (re)construir novos significados de ‘quem são esses indivíduos' em relação a ‘onde eles estão'. A natureza fulcral da proposta centra-se sobre estas questões; isto no âmbito do contexto de ‘regresso' dos descendentes de portugueses para o seu país ancestral - Portugal - provenientes de três países de origem: Canadá, França e Alemanha. Escolhemos estes países, dado que, em diferentes fases desde de 1950, têm sido destinos importantes para emigrantes portugueses e, simultaneamente, países de onde o regresso contra-diaspórico se tem tornado um fenómeno nas últimas décadas, sendo que uma grande parte desse retorno é composto por descendentes da primeira geração.