As entrevistas de Salazar 1928-1969
As entrevistas de Salazar 1928-1969
Para além das entrevistas a António Ferro, publicadas, na sua quase totalidade, em dois volumes (e recentemente coligidas num só, por Fernando Rosas), apenas uma pequena parte das entrevistas concedidas por Salazar durante a sua estadia no poder foram reunidas em volume. Publicado em 1967, esse volume continha apenas 14 entrevistas dadas a jornais estrangeiros no período 1960-1966. A ideia de tentar reunir e estudar as entrevistas dispersas concedidas por Salazar a jornalistas portugueses e estrangeiros surgiu da constatação da existência de uma série de entrevistas difíceis de consultar, algumas das quais praticamente desconhecidas dos historiadores e do público em geral. Certas entrevistas publicadas no estrangeiro nunca foram traduzidas para português. O ditador comunicava com o grande público através 1) dos discursos em ocasiões oficiais, 2) das "notas oficiosas" e "comunicados"do governo enviadas para publicação através dos meios de comunicação social portugueses, 3) das entrevistas concedidas a jornalistas portugueses (cujo número foi rareando com o tempo) e a jornalistas estrangeiros (com o tempo, a maioria e, nos anos finais, a totalidade) e, ainda, 4) das declarações (evitando a forma de entrevista), notas e artigos publicados em periódicos estrangeiros. Houve períodos, como o da Segunda Guerra Mundial, em que as entrevistas, como forma de comunicação com o público nacional ou estrangeiro, praticamente desapareceram. Enquanto que os discursos e algumas "notas políticas" estão reunidos em seis volumes que foram regularmente editados pela Coimbra Editora (1935-1967), a maioria das entrevistas (com as excepções assinaladas) está dispersa pela imprensa portuguesa e estrangeira. O estudo das entrevistas de Salazar compreenderia, primeiramente, a sua pesquisa, localização, reunião, tradução (quando necessário) e cotejo de versões nacionais e estrangeiras (quando as haja). Numa segunda fase, estudar-se-ia a sua distribuição cronológica - isoladamente ou em conjunto com os discursos, notas oficiosas, declarações, comunicados, etc. -, bem como as suas características específicas como modo de comunicação do poder autoritário.
Para além das entrevistas a António Ferro, publicadas, na sua quase totalidade, em dois volumes (e recentemente coligidas num só, por Fernando Rosas), apenas uma pequena parte das entrevistas concedidas por Salazar durante a sua estadia no poder foram reunidas em volume. Publicado em 1967, esse volume continha apenas 14 entrevistas dadas a jornais estrangeiros no período 1960-1966. A ideia de tentar reunir e estudar as entrevistas dispersas concedidas por Salazar a jornalistas portugueses e estrangeiros surgiu da constatação da existência de uma série de entrevistas difíceis de consultar, algumas das quais praticamente desconhecidas dos historiadores e do público em geral. Certas entrevistas publicadas no estrangeiro nunca foram traduzidas para português. O ditador comunicava com o grande público através 1) dos discursos em ocasiões oficiais, 2) das "notas oficiosas" e "comunicados"do governo enviadas para publicação através dos meios de comunicação social portugueses, 3) das entrevistas concedidas a jornalistas portugueses (cujo número foi rareando com o tempo) e a jornalistas estrangeiros (com o tempo, a maioria e, nos anos finais, a totalidade) e, ainda, 4) das declarações (evitando a forma de entrevista), notas e artigos publicados em periódicos estrangeiros. Houve períodos, como o da Segunda Guerra Mundial, em que as entrevistas, como forma de comunicação com o público nacional ou estrangeiro, praticamente desapareceram. Enquanto que os discursos e algumas "notas políticas" estão reunidos em seis volumes que foram regularmente editados pela Coimbra Editora (1935-1967), a maioria das entrevistas (com as excepções assinaladas) está dispersa pela imprensa portuguesa e estrangeira. O estudo das entrevistas de Salazar compreenderia, primeiramente, a sua pesquisa, localização, reunião, tradução (quando necessário) e cotejo de versões nacionais e estrangeiras (quando as haja). Numa segunda fase, estudar-se-ia a sua distribuição cronológica - isoladamente ou em conjunto com os discursos, notas oficiosas, declarações, comunicados, etc. -, bem como as suas características específicas como modo de comunicação do poder autoritário.
