Ao Centro e nas Margens da Segurança: Abordagem Antropológica
Ao Centro e nas Margens da Segurança: Abordagem Antropológica
O projecto principal de Susana Durão visa produzir uma Antropologia do Estado, da Ordem e da Segurança Pública, sustentada por uma abordagem etnográfica. A análise detalha-se nas políticas, práticas e percepções das forças policiais e nas articulações entre o Estado e as suas margens (definidas como territórios periféricos mas também como lugares que desafiam ideias de soberania dos Estados). As margens não são meramente exteriores ao Estado. O Estado pode construir-se com base em múltiplas periferias.
São desenvolvidos vários sub-projectos correlacionados: o estudo do mandato policial português na contemporaneidade; o crescimento das carreiras e oportunidades no sector público e privado da segurança; e as respostas e interacções policiais face a pessoas vítimas de violência e crime de género.
A pesquisa tem sido desenvolvida em periferias urbanas pobres, particularizando as interacções entre as polícias, o Estado e o mercado, ONGs relevantes, jovens e cidadãos organizados; a violência em meios pobres e os processos da mediação de conflitos. É dada especial atenção ao fenómeno crescente da presença das igrejas evangélicas e neo-pentecostais no seio das forças policiais militar e civil do Rio de Janeiro. As pesquisas são desenvolvidas nos contextos nacionais de Portugal e do Brasil.
Têm sido concretizadas várias redes académicas entre o Museu Nacional/UFRJ; UERJ; IUPERJ/Universidade Cândido Mendes, no Rio de Janeiro (Brasil) e o ICS/UL.
A ideia de "carreira social" é o conceito-chave desta proposta, com base no estudo da organização sequencial de situações vividas. Trata-se de pensar globalmente o agenciamento de vários domínios que se modificam e transformam com o tempo. Duas outras ideias centrais são a de "intimidade profissional" e a de "moralidades pragmáticas". Estas sustentam o estudo da produção social de pessoas e de relações interpessoais diversas em burocracias de Estado como a Polícia onde o trabalho com o corpo, com vidas privadas, a proximidade e a identificação entre pessoas obrigam a um trabalho constante de imposição de racionalidades e distanciamentos. O que está afinal ao centro e na margem deste processo?
Antropologia da Burocracia e das Organizações, Antropologia Urbana, Policia e policiamentos, Segurança e ordem privada
O projecto principal de Susana Durão visa produzir uma Antropologia do Estado, da Ordem e da Segurança Pública, sustentada por uma abordagem etnográfica. A análise detalha-se nas políticas, práticas e percepções das forças policiais e nas articulações entre o Estado e as suas margens (definidas como territórios periféricos mas também como lugares que desafiam ideias de soberania dos Estados). As margens não são meramente exteriores ao Estado. O Estado pode construir-se com base em múltiplas periferias.
São desenvolvidos vários sub-projectos correlacionados: o estudo do mandato policial português na contemporaneidade; o crescimento das carreiras e oportunidades no sector público e privado da segurança; e as respostas e interacções policiais face a pessoas vítimas de violência e crime de género.
A pesquisa tem sido desenvolvida em periferias urbanas pobres, particularizando as interacções entre as polícias, o Estado e o mercado, ONGs relevantes, jovens e cidadãos organizados; a violência em meios pobres e os processos da mediação de conflitos. É dada especial atenção ao fenómeno crescente da presença das igrejas evangélicas e neo-pentecostais no seio das forças policiais militar e civil do Rio de Janeiro. As pesquisas são desenvolvidas nos contextos nacionais de Portugal e do Brasil.
Têm sido concretizadas várias redes académicas entre o Museu Nacional/UFRJ; UERJ; IUPERJ/Universidade Cândido Mendes, no Rio de Janeiro (Brasil) e o ICS/UL.
A ideia de "carreira social" é o conceito-chave desta proposta, com base no estudo da organização sequencial de situações vividas. Trata-se de pensar globalmente o agenciamento de vários domínios que se modificam e transformam com o tempo. Duas outras ideias centrais são a de "intimidade profissional" e a de "moralidades pragmáticas". Estas sustentam o estudo da produção social de pessoas e de relações interpessoais diversas em burocracias de Estado como a Polícia onde o trabalho com o corpo, com vidas privadas, a proximidade e a identificação entre pessoas obrigam a um trabalho constante de imposição de racionalidades e distanciamentos. O que está afinal ao centro e na margem deste processo?