Portugal em Análise
18,00 € | 16,20 € |
Quem criou o Instituto de Ciências Sociais na Universidade de Lisboa, dando continuidade ao projecto iniciado vinte anos antes com o Gabinete de Investigações Sociais? Quais eram as principais preocupações da investigação levada a cabo no quadro da nova instituição?
Este livro publica uma antologia de textos dos investigadores que, em 1982, formaram o ICS. É a melhor forma de responder àquelas questões que afinal são importantes para melhor compreender o desenvolvimento da investigação em ciências sociais em Portugal, uma vez que muito do que se publicou no nosso país nessas áreas saiu da pena dos investigadores do ICS. Esta antologia dá uma importante imagem da actividade do Instituto, mostrando que havia uma preocupação que se sobrepunha a todas as outras: a de analisar aprofundadamente a realidade nacional com uma atenção ampla que incluía as matérias de ordem política, económica, social, cultural e do mundo do trabalho.
Introdução Pedro Lains e Nuno Estêvão Ferreira |
p.23 |
Capítulo 1 - A perspectiva sócio-cultural do desenvolvimento económico A. Sedas Nunes |
p.27 |
Parte I Política nacional |
|
Capítulo 2 - A «Revolta do Grelo»: ensaio de análise política Vasco Pulido Valente |
p.53 |
Capítulo 3 - A Grande Guerra e o sidonismo (esboço interpretativo) Manuel Villaverde Cabral |
p.75 |
Capítulo 4 - Notas para uma caracterização política do salazarismo Manuel Braga da Cruz |
p.97 |
Capítulo 5 - Fascismo, colonialismo e revolução: uma leitura de Eduardo Lourenço Manuel de Lucena |
p.123 |
Capítulo 6 - Significado e consequências da eleição do presidente por sufrágio universal: o caso português Luís Salgado de Matos |
p.151 |
Capítulo 7 - Portugal, a Europa e a democracia António Barreto |
p.177 |
Parte II Economia e desenvolvimento |
|
Capítulo 8 - A industrialização num país de desenvolvimento lento e tardio: Portugal, 1870-1913 Jaime Reis |
p.199 |
Capítulo 9 - O desenvolvimento industrial português e a evolução do sistema económico Mário Murteira |
p.223 |
Capítulo 10 - Especialização e crescimento económico: alguns aspectos do caso português no período de 1960-1974 Edgar Rocha |
p.237 |
Capítulo 11 - Transferências de tecnologia e dependência estrutural portuguesa: análise de um inquérito J. M. Rolo |
p.259 |
Parte III Questões sociais |
|
Capítulo 12 - Notas sobre a organização e os meios de intervenção da Igreja Católica em Portugal: 1950-1980 Manuel Luís Marinho Antunes |
p.281 |
Capítulo 13 - Classes sociais, votos e poder: um espaço camponês João Ferreira de Almeida |
p.297 |
Capítulo 14 - O efeito da emigração na estrutura de idades da população portuguesa J. Manuel Nazareth |
p.335 |
Capítulo 15 - Entre o dizer e o fazer: a construção da identidade feminina Ana Nunes de Almeida |
p.363 |
Parte IV Cultura e educação |
|
Capítulo 16 - Capital simbólico e memória institucional: a propósito da Universidade no século XIX Maria Eduarda Cruzeiro |
p.395 |
Capítulo 17 - «Os fabricantes dos gozos da inteligência»: alguns aspectos da organização do mercado de trabalho intelectual no Portugal de Oitocentos M. de Lourdes Lima dos Santos |
p.411 |
Capítulo 18 - «Deve-se ensinar o povo a ler?»: a questão do analfabetismo (1926-39) Maria Filomena Mónica |
p.433 |
Parte V Operários, sindicatos e política |
|
Capítulo 19 - Os arsenalistas da Marinha na revolução de Setembro (1836) M. Fátima Bonifácio |
p.471 |
Capítulo 20 - A evolução do trabalho operário nas indústrias de construção e reparação navais: aspectos de uma investigação em curso e alguns resultados preliminares Marinús Pires de Lima |
p.511 |
Capítulo 21 - Comunistas, católicos e os sindicatos sob Salazar José Barreto |
p.551 |
Capítulo 22 - Operários portugueses na revolução: a manifestação dos operários da Lisnave de 12 de Setembro de 1974 Maria de Fátima Patriarca |
p.583 |
Pedro Lains foi investigador coordenador do Instituto de Ciências Sociais da Universidade de Lisboa, professor convidado da Faculdade de Economia e Gestão da Universidade Católica, e membro do Instituto Laureano Figuerola da Universidad Carlos III de Madrid. Foi professor visitante da Faculdade de Economia da UNL, das Universidades Carlos III de Madrid, Brown e Évora; e presidente da Associação Portuguesa de História Económica e Social, diretor da Imprensa de Ciências Sociais, secretário-geral da European Historical Economics Society, e diretor da revista Análise Social. Tem como área principal de investigação a História Económica dos séculos XIX e XX, preocupando-se sobretudo com o estudo do crescimento económico no longo prazo de Portugal e dos países periféricos da Europa, com o estudo da integração europeia e com os problemas atuais da economia portuguesa.
Nuno Estêvão Ferreira, Doutor em Ciências Sociais (especialidade Sociologia Política) pelo Instituto de Ciências Sociais da Universidade de Lisboa (ICS-ULisboa). Membro do Centro de Estudos de História Religiosa da Universidade Católica Portuguesa (CEHR-UCP), integra atualmente o Conselho de Direção. Bolseiro de pós-doutoramento da Fundação para a Ciência e Tecnologia (FCT) no CEHR-UCP, com um projeto sobre a relação entre o catolicismo e o corporativismo no pós-II Guerra. Docente na Faculdade de Ciências Humanas da Universidade Católica Portuguesa. Os seus interesses de investigação situam-se: nos processos de decisão política nos regimes autoritários europeus desde o período de entre-guerras; na relação entre os programas, as instituições e os aparelhos corporativistas das ditaduras ibéricas do século XX; e nos processos de secularização das sociedades europeias contemporâneas.