Salazar e os Ventos da História - a Resistência à Descolonização (1941-1968)
Salazar e os Ventos da História - a Resistência à Descolonização (1941-1968)
A descolonização portuguesa tem sido exclusivamente estudada numa perspectiva de tempo curto, privilegiando o período que vai da revolução de 25 de Abril de 1974 até à data da proclamação da independência de Angola, a 11 de Novembro do ano seguinte. É bem claro, no entanto, que ela faz parte de um movimento mais vasto, de ordem global, iniciado logo após a 2ª Guerra Mundial, e com raízes ainda mais longínquas; e que só neste contexto pode ser plenamente compreendida, nos seus pontos comuns e nas suas especificidades.
O presente projecto tem em vista o estudo da questão da descolonização portuguesa neste plano, ou seja, numa perspectiva de tempo longo e de ordem comparativa, que supõe três vertentes de análise: a do movimento global de descolonização, nas suas linhas gerais; a da evolução do império português, após a 2ª Guerra Mundial (sem excluir uma ou outra incursão em épocas anteriores, quando as necessidades de interpretação assim o exigirem); e a do pensamento e da acção do Governo português, e em especial de Salazar, na sua resistência aos ‘ventos da história' que impulsionaram as independências nos continente asiático e africano.
Muito vasto, o tema da descolonização pode ser abordado por múltiplos ângulos, mesmo quando limitado a um único país e ao seu império. Neste projecto, escolhemos centrar a análise em Salazar, na sua ideologia e na sua política, relativamente à questão colonial. Esta opção deve muito à pesquisa no Arquivo Salazar (depositado no Arquivo Nacional da Torre do Tombo), que nos permitiu dar conta da riqueza da documentação nele reunida, abrangendo todos os aspectos da governação - e entre eles a questão colonial, com uma insistência crescente a partir da 2ª Guerra Mundial, de tal modo que, desde finais da década de 1950, é sem dúvida o assunto mais representado. Pontualmente, recorreremos também a fundos de outros arquivos, nomeadamente o do Ministério dos Negócios Estrangeiros e o Arquivo Histórico do Ultramar.
Descolonização; Questão colonial; Salazar; Estado Novo
A descolonização portuguesa tem sido exclusivamente estudada numa perspectiva de tempo curto, privilegiando o período que vai da revolução de 25 de Abril de 1974 até à data da proclamação da independência de Angola, a 11 de Novembro do ano seguinte. É bem claro, no entanto, que ela faz parte de um movimento mais vasto, de ordem global, iniciado logo após a 2ª Guerra Mundial, e com raízes ainda mais longínquas; e que só neste contexto pode ser plenamente compreendida, nos seus pontos comuns e nas suas especificidades.
O presente projecto tem em vista o estudo da questão da descolonização portuguesa neste plano, ou seja, numa perspectiva de tempo longo e de ordem comparativa, que supõe três vertentes de análise: a do movimento global de descolonização, nas suas linhas gerais; a da evolução do império português, após a 2ª Guerra Mundial (sem excluir uma ou outra incursão em épocas anteriores, quando as necessidades de interpretação assim o exigirem); e a do pensamento e da acção do Governo português, e em especial de Salazar, na sua resistência aos ‘ventos da história' que impulsionaram as independências nos continente asiático e africano.
Muito vasto, o tema da descolonização pode ser abordado por múltiplos ângulos, mesmo quando limitado a um único país e ao seu império. Neste projecto, escolhemos centrar a análise em Salazar, na sua ideologia e na sua política, relativamente à questão colonial. Esta opção deve muito à pesquisa no Arquivo Salazar (depositado no Arquivo Nacional da Torre do Tombo), que nos permitiu dar conta da riqueza da documentação nele reunida, abrangendo todos os aspectos da governação - e entre eles a questão colonial, com uma insistência crescente a partir da 2ª Guerra Mundial, de tal modo que, desde finais da década de 1950, é sem dúvida o assunto mais representado. Pontualmente, recorreremos também a fundos de outros arquivos, nomeadamente o do Ministério dos Negócios Estrangeiros e o Arquivo Histórico do Ultramar.