A cor do trabalho: As vidas racializadas dos migrantes
A cor do trabalho: As vidas racializadas dos migrantes
No projecto THE COLOUR OF LABOUR – THE RACIALIZED LIVES OF MIGRANTS analisamos de que modos a posição na estrutura produtiva gera identificações racializadas, que são simultaneamente contingentes, hierarquizadas e naturalizadas. As categorias sociais assim geradas podem apresentar-se como grupos nacionais, etnicidades, culturas, raças, ou outros colectivos, e coexistem numa dinâmica que combina as necessidades de um sistema de produção assente em hierarquias e promotor de desigualdades com representações ideológicas que podem ir do racialismo explícito à promoção de um multiculturalismo igualitário. Neste projecto, mais que examinar o lugar primordial de produção social e cognitiva de “raça” e desigualdade hierarquizada – as plantações coloniais das Américas e Antilhas baseadas no trabalho escravizado africano – exploraremos os processos de racialização em economias de plantação ou análogas baseadas em trabalho importado, vinculado, contratado, contingente, móvel e migrante, atravessando fronteiras políticas.
Dando centralidade à etnografia – no terreno e no arquivo -- combinamos numa larga equipa multidisciplinar as tradições analíticas e metodológicas da antropologia, história, história da ciência e tecnologia, sociologia das migrações, geografia social e estudos de mobilidade, com vista a explorar as dimensões políticas, ideológicas, cientificas, tecnológicas, culturais e experienciais do processo de racialização associado à posição no trabalho.
Os estudos empíricos de racializações associadas a fluxos de trabalho entre impérios abordados neste projecto incluem:
- I. Guiana colonial Britânica na sequência da abolição da escravatura e trasição para o trabalho vinculado;
- II. Plantações de açúcar do Hawaii durante a monarquia e após a anexação (EUA) em 1898, com múltiplos fluxos de trabalhadores da Ásia e Europa;
- III. Indústria têxtil da Nova Inglaterra na viragem dos séc.s XIX/XX e a respectiva hierarquização de migrantes;
- IV. Os nexus trans-imperiais da economia do café e cacao em S Tomé;
- V. As reconfigurações das hierarquias racializadas das plantações na Mauricia
- VI. A extrema contingência do trabalho e da via nas plantações contemporâneas do Sul de Itália.
A complementar as linhas de pesquisa empírica incluímos linhas de investigação sobre mobilidades no trabalho e sobre racializações na ciência.
Pretendemos inovar em três frentes:
- Na teoria, através do trabalho conceptual em torno de raça, racism, racializações corporização e memória em associação com migrações de trabalho que cruzam fronteiras políticas e domínios imperiais;
- Na associação de assuntos de relevância social premente (e.g. racismo e exclusão) à investigação antropológica e histórica fundamental sobre as estruturas de dominação com base empírica multi-situada, amplo espectro temporal e várias influências disciplinares, mais que alvos definidos a curto prazo e alcance imediato.
- Na substitutição de um foco convencional nos impérios nacionais, e decorrentes estudos comparados de impérios nacionais, pelo estudo de fluxos e interacções entre impérios adversários.
"This project has received funding from the European Research Council (ERC) under the European Union’s Horizon 2020 research and innovation programme (grant agreement No 695573)"
Trabalho, Racializações, Plantação/Latifundio, Migrações inter-impérios
No projecto THE COLOUR OF LABOUR – THE RACIALIZED LIVES OF MIGRANTS analisamos de que modos a posição na estrutura produtiva gera identificações racializadas, que são simultaneamente contingentes, hierarquizadas e naturalizadas. As categorias sociais assim geradas podem apresentar-se como grupos nacionais, etnicidades, culturas, raças, ou outros colectivos, e coexistem numa dinâmica que combina as necessidades de um sistema de produção assente em hierarquias e promotor de desigualdades com representações ideológicas que podem ir do racialismo explícito à promoção de um multiculturalismo igualitário. Neste projecto, mais que examinar o lugar primordial de produção social e cognitiva de “raça” e desigualdade hierarquizada – as plantações coloniais das Américas e Antilhas baseadas no trabalho escravizado africano – exploraremos os processos de racialização em economias de plantação ou análogas baseadas em trabalho importado, vinculado, contratado, contingente, móvel e migrante, atravessando fronteiras políticas.
Dando centralidade à etnografia – no terreno e no arquivo -- combinamos numa larga equipa multidisciplinar as tradições analíticas e metodológicas da antropologia, história, história da ciência e tecnologia, sociologia das migrações, geografia social e estudos de mobilidade, com vista a explorar as dimensões políticas, ideológicas, cientificas, tecnológicas, culturais e experienciais do processo de racialização associado à posição no trabalho.
Os estudos empíricos de racializações associadas a fluxos de trabalho entre impérios abordados neste projecto incluem:
- I. Guiana colonial Britânica na sequência da abolição da escravatura e trasição para o trabalho vinculado;
- II. Plantações de açúcar do Hawaii durante a monarquia e após a anexação (EUA) em 1898, com múltiplos fluxos de trabalhadores da Ásia e Europa;
- III. Indústria têxtil da Nova Inglaterra na viragem dos séc.s XIX/XX e a respectiva hierarquização de migrantes;
- IV. Os nexus trans-imperiais da economia do café e cacao em S Tomé;
- V. As reconfigurações das hierarquias racializadas das plantações na Mauricia
- VI. A extrema contingência do trabalho e da via nas plantações contemporâneas do Sul de Itália.
A complementar as linhas de pesquisa empírica incluímos linhas de investigação sobre mobilidades no trabalho e sobre racializações na ciência.
Pretendemos inovar em três frentes:
- Na teoria, através do trabalho conceptual em torno de raça, racism, racializações corporização e memória em associação com migrações de trabalho que cruzam fronteiras políticas e domínios imperiais;
- Na associação de assuntos de relevância social premente (e.g. racismo e exclusão) à investigação antropológica e histórica fundamental sobre as estruturas de dominação com base empírica multi-situada, amplo espectro temporal e várias influências disciplinares, mais que alvos definidos a curto prazo e alcance imediato.
- Na substitutição de um foco convencional nos impérios nacionais, e decorrentes estudos comparados de impérios nacionais, pelo estudo de fluxos e interacções entre impérios adversários.
"This project has received funding from the European Research Council (ERC) under the European Union’s Horizon 2020 research and innovation programme (grant agreement No 695573)"
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