As ciências da classificação antropológica em "Timor Português"
As ciências da classificação antropológica em "Timor Português"
Este projeto visou compreender as histórias interligadas da classificação antropológica de povos indígenas e do colonialismo português, ao longo do século XX. Estudou-se estes processos focando as ciências da classificação antropológica do período colonial tardio. Ou seja: os regimes epistémicos e as disciplinas científicas dirigidas à ordenação das diferenças e afinidades biológicas, linguísticas e sócio-culturais entre populações humanas. Assim, o estudo vai considerar um conjunto diverso de métodos e tradições disciplinares da “antropologia”, desde abordagens bio-antropológicas (craniologia; antropometria; sero-antropologia, etc.) a perspectivas sócio-culturais (tais como filologia comparativa; antropologia social e cultural). É central a este projecto a hipótese de que a classificação antropológica e a ordem social e colonial devem ser tratadas como temas entrelaçados e processos interdependentes. Trata-se esta hipótese ampla através de um enfoque num caso empírico revelador: o trabalho de militares, funcionários, missionários e académicos portugueses investido na classificação e no mapeamento das “raças”, “línguas” e “culturas” de Timor Leste – designado por “Timor Português” durante o período coberto por este projeto.
História da antropologia, Classificações científicas, Colonialismo português Sec.XX, Timor Leste
Este projeto visou compreender as histórias interligadas da classificação antropológica de povos indígenas e do colonialismo português, ao longo do século XX. Estudou-se estes processos focando as ciências da classificação antropológica do período colonial tardio. Ou seja: os regimes epistémicos e as disciplinas científicas dirigidas à ordenação das diferenças e afinidades biológicas, linguísticas e sócio-culturais entre populações humanas. Assim, o estudo vai considerar um conjunto diverso de métodos e tradições disciplinares da “antropologia”, desde abordagens bio-antropológicas (craniologia; antropometria; sero-antropologia, etc.) a perspectivas sócio-culturais (tais como filologia comparativa; antropologia social e cultural). É central a este projecto a hipótese de que a classificação antropológica e a ordem social e colonial devem ser tratadas como temas entrelaçados e processos interdependentes. Trata-se esta hipótese ampla através de um enfoque num caso empírico revelador: o trabalho de militares, funcionários, missionários e académicos portugueses investido na classificação e no mapeamento das “raças”, “línguas” e “culturas” de Timor Leste – designado por “Timor Português” durante o período coberto por este projeto.