Esta investigação centra-se em como, em dois contextos - no Norte Global em Lisboa e no Sul Global em Goa - os jovens negociam paisagens de turistificação e neoliberalização que se relacionam com os seus futuros. O redesenvolvimento urbano exponencial, as mudanças climáticas e o capitalismo intensificado manifestam-se em ambos os lugares através de mudanças feitas para acomodar uma economia focada na promoção do turismo. A austeridade em Portugal e o incentivo a empregos centrados no turismo em Goa resultaram na saída de jovens em busca de emprego noutro local. No entanto, uma grande parte continua a permanecer nessas geografias e a trabalhar pela indústria do turismo que, paradoxalmente, os gentrifica. Esta pesquisa tem objetivo de compreender como os jovens entendem o seu futuro por meio de novas economias gigantes em cenários de empregos em rápida mutação, enquanto, ao mesmo tempo, abrem espaço para si mesmos ao negociar esse ambiente - eles, portanto, resistem ao mesmo tempo que existem. O projeto considera conflitos potenciais e entendimentos compartilhados, ao mesmo tempo que dá sentido aos emaranhados de culturas de emprego para jovens, considerações futuras e a relação com um senso de lugar. Compartilhar uma história, embora de colonialismo, (Portugal colonizou Goa de 1510 até 1961, após o que esta última foi assumida pela Índia) cria uma nova perspetiva do Norte-Sul Global, bem como uma dinâmica pós-colonial que está ausente do conhecimento existente. O projeto utiliza uma abordagem de estudo de caso transcultural, com métodos de pesquisa qualitativa em consonância com a etnografia crítica.

Este projeto recebeu financiamento através do Programa Horizonte 2020, programa de investigação e inovação, da União Europeia, através do contrato No 867466.