Trânsitos Coloniais: Diálogos Críticos Luso-Brasileiros

Trânsitos Coloniais: Diálogos Críticos Luso-Brasileiros
Categoria: 
ISBN: 
978-972-671-089-9
Idioma: 
Português
Ano da primeira edição: 
2002
Data de publicação: 
2014/Jan
Nº Páginas: 
403
Coleção: 
Estudos e Investigações
Formato: 
Capa Mole
15,00 €13,50 €

Este livro reúne ensaios de antropólogos e historiadores radicados no Brasil ou em Portugal sobre o antigo império português e suas reconfigurações. Ao expor a persistência de continuidades imperiais e suas relações com os interstícios da dominação, cooptação e subordinação, contribuem com uma perspectiva comparativa crítica para os debates actuais sobre colonialismo e pós-colonialismo.

Colaboradores:Ana Maria Galano Linhart; António Carlos de Souza Lima; Bela Feldman-Bianco; Cristiana Bastos; Flávio Santos Gomes; Giralda Seyferth; Gladys Sabira Ribeiro; Jill R. Dias; João de Pina Cabral; João Fragoso; John M. Monteiro; Manolo Florentino; Miguel Vale de Almeida; Nuno Porto; Omar Ribeiro Thomaz; Robert Rowland; Sílvia Hunold Lara

 

Os autores p.13
Agradecimentos p.17
Introdução p.19
Parte I 
Lusofonias críticas
 
Capítulo 1 - O Atlântico Pardo. Antropologia, pós-colonialismo e o caso «lusófono»
Miguel Vale de Almeida
p.31
Capítulo 2 - Tigres de papel: Gilberto Freyre, Portugal e os países africanos de língua oficial portuguesa
Omar Ribeiro Thomaz
p.47
Capítulo 3 - Tensões e legados coloniais no cinema
Ana Maria Galano Linhart
p.71
Parte II
Poder e margens
 
Capítulo 4 - Galvão na terra dos canibais: a constituição emocional do poder colonial
João de Pina-Cabral
p.97
Capítulo 5 - O museu e o arquivo do império (o terceiro império português visto do Museu do Dundo, Companhia de Diamantes de Angola)
Nuno Porto
p.119
Capítulo 6 - Um centro Subalterno? A Escola Médica de Goa e o Império
Cristiana Bastos
p.135
Capítulo 7 - Tradições de conhecimento na gestão colonial da desigualdade: reflexões a partir da administração indigenista no Brasil
Antonio Carlos de Souza Lima
p.153
Capítulo 8 - Entre fronteiras e sem limites: espaços transnacionais e comunidades de fugitivos no Grão-Pará e Guiana Francesa (séculos XVIII-XIX)
Flávio Santos Gomes
p.175
Parte III
Ideologia e etnicidade
 
Capítulo 9 - Linguagem, domínio senhorial e identidade étnica nas Minas Gerais de meados do século XVIII
Silvia Hunold Lara
p.205
Capítulo 10 - Raças de gigantes: mestiçagem e mitografia no Brasil e na Índia portuguesa
John M. Monteiro
p.225
Capítulo 11 - A singularidade germânica e o nacionalismo brasileiro: ambiguidade e alotropia na idéia de nação 
Giralda Seyferth
p.247
Parte IV
Trânsitos e tráficos
 
Capítulo 12 - Novas identidades africanas em Angola no contexto do comércio atlântico
Jill R. Dias
p.287
Capítulo 13 - A comunidade de mercadores do Rio de Janeiro e o mercado atlântico português na passagem do século XVIII para o XIX 
João Fragoso e Manolo Florentino
p.317
Capítulo 14 - Redefinindo os conflitos antilusitanos na Corte do Rio de Janeiro do Primeiro Reinado e do início da Regência: a liberdade e a construção de uma identidade nacional
Gladys Sabina Ribeiro
p.335
Capítulo 15 - A cultura brasileira e os portugueses 
Robert Rowland
p.363
Capítulo 16 - Entre a «fortaleza» da Europa e os laços afetivos da «irmandade» luso-brasileira: um drama familiar em um só ato
Bela Feldman-Bianco
 
p.375

 

Cristiana Bastos  (PhD CUNY 1996) é antropóloga e o seu trabalho intersecta as disciplinas de antropologia, história e estudos sociais de ciência, tecnologia e medicina. É investigadora do quadro do Instituto de Ciências Sociais, onde coordena o Grupo de Investigação Identidades, Culturas, Vulnerabilidades. Em projectos anteriores investigou dinâmicas de população, mobilidades transnacionais, biopolíticas coloniais, medicina e império, história social da saúde e bem-estar, com pesquisa de campo e arquivo em Portugal, Brasil, Estados Unidos, India e Moçambique. Actualmente coordena o projectoThe Colour of Labour(ERC AdG 695573),onde está directamente envolvida nas linhas de pesquisa sobre a Guiana, Hawaii, Nova Inglaterra e Angola.

Miguel Vale de Almeida é doutorado em Antropologia pelo ISCTE (1994), é professor associado com agregação nessa instituição e investigador do CRIA. Desenvolveu pesquisa sobre género, “raça” e orientação sexual, em Portugal, Brasil e Espanha.

Bela Feldman-Bianco (PhD em Antropologia, Columbia) com pós-doutorado em História (Yale), é professora colaboradora do Programa de Pós-Graduação em Antropologia Social e do Programa de Pós-graduação em Ciências Sociais, ambos na UNICAMP, e bolsista 1A do CNPq. As suas pesquisas e publicações sobre migrações e deslocamentos combinam análises de cultura e política em perspectiva comparativa. Foi presidente da Associação Brasileira de Antropologia (2011-2012), representante da Área de Antropologia e Arqueologia da CAPES (2005-2007) e co-coordenadora do GT Migración, Cultura y Política da CLACSO (2010-2013), entre outras atividades.