Trânsitos Coloniais: Diálogos Críticos Luso-Brasileiros
15,00 € | 13,50 € |
Este livro reúne ensaios de antropólogos e historiadores radicados no Brasil ou em Portugal sobre o antigo império português e suas reconfigurações. Ao expor a persistência de continuidades imperiais e suas relações com os interstícios da dominação, cooptação e subordinação, contribuem com uma perspectiva comparativa crítica para os debates actuais sobre colonialismo e pós-colonialismo.
Colaboradores:Ana Maria Galano Linhart; António Carlos de Souza Lima; Bela Feldman-Bianco; Cristiana Bastos; Flávio Santos Gomes; Giralda Seyferth; Gladys Sabira Ribeiro; Jill R. Dias; João de Pina Cabral; João Fragoso; John M. Monteiro; Manolo Florentino; Miguel Vale de Almeida; Nuno Porto; Omar Ribeiro Thomaz; Robert Rowland; Sílvia Hunold Lara
Os autores | p.13 |
Agradecimentos | p.17 |
Introdução | p.19 |
Parte I Lusofonias críticas |
|
Capítulo 1 - O Atlântico Pardo. Antropologia, pós-colonialismo e o caso «lusófono» Miguel Vale de Almeida |
p.31 |
Capítulo 2 - Tigres de papel: Gilberto Freyre, Portugal e os países africanos de língua oficial portuguesa Omar Ribeiro Thomaz |
p.47 |
Capítulo 3 - Tensões e legados coloniais no cinema Ana Maria Galano Linhart |
p.71 |
Parte II Poder e margens |
|
Capítulo 4 - Galvão na terra dos canibais: a constituição emocional do poder colonial João de Pina-Cabral |
p.97 |
Capítulo 5 - O museu e o arquivo do império (o terceiro império português visto do Museu do Dundo, Companhia de Diamantes de Angola) Nuno Porto |
p.119 |
Capítulo 6 - Um centro Subalterno? A Escola Médica de Goa e o Império Cristiana Bastos |
p.135 |
Capítulo 7 - Tradições de conhecimento na gestão colonial da desigualdade: reflexões a partir da administração indigenista no Brasil Antonio Carlos de Souza Lima |
p.153 |
Capítulo 8 - Entre fronteiras e sem limites: espaços transnacionais e comunidades de fugitivos no Grão-Pará e Guiana Francesa (séculos XVIII-XIX) Flávio Santos Gomes |
p.175 |
Parte III Ideologia e etnicidade |
|
Capítulo 9 - Linguagem, domínio senhorial e identidade étnica nas Minas Gerais de meados do século XVIII Silvia Hunold Lara |
p.205 |
Capítulo 10 - Raças de gigantes: mestiçagem e mitografia no Brasil e na Índia portuguesa John M. Monteiro |
p.225 |
Capítulo 11 - A singularidade germânica e o nacionalismo brasileiro: ambiguidade e alotropia na idéia de nação Giralda Seyferth |
p.247 |
Parte IV Trânsitos e tráficos |
|
Capítulo 12 - Novas identidades africanas em Angola no contexto do comércio atlântico Jill R. Dias |
p.287 |
Capítulo 13 - A comunidade de mercadores do Rio de Janeiro e o mercado atlântico português na passagem do século XVIII para o XIX João Fragoso e Manolo Florentino |
p.317 |
Capítulo 14 - Redefinindo os conflitos antilusitanos na Corte do Rio de Janeiro do Primeiro Reinado e do início da Regência: a liberdade e a construção de uma identidade nacional Gladys Sabina Ribeiro |
p.335 |
Capítulo 15 - A cultura brasileira e os portugueses Robert Rowland |
p.363 |
Capítulo 16 - Entre a «fortaleza» da Europa e os laços afetivos da «irmandade» luso-brasileira: um drama familiar em um só ato Bela Feldman-Bianco |
p.375 |
Cristiana Bastos (PhD CUNY 1996) é antropóloga e o seu trabalho intersecta as disciplinas de antropologia, história e estudos sociais de ciência, tecnologia e medicina. É investigadora do quadro do Instituto de Ciências Sociais, onde coordena o Grupo de Investigação Identidades, Culturas, Vulnerabilidades. Em projectos anteriores investigou dinâmicas de população, mobilidades transnacionais, biopolíticas coloniais, medicina e império, história social da saúde e bem-estar, com pesquisa de campo e arquivo em Portugal, Brasil, Estados Unidos, India e Moçambique. Actualmente coordena o projectoThe Colour of Labour(ERC AdG 695573),onde está directamente envolvida nas linhas de pesquisa sobre a Guiana, Hawaii, Nova Inglaterra e Angola.
Miguel Vale de Almeida é doutorado em Antropologia pelo ISCTE (1994), é professor associado com agregação nessa instituição e investigador do CRIA. Desenvolveu pesquisa sobre género, “raça” e orientação sexual, em Portugal, Brasil e Espanha.
Bela Feldman-Bianco (PhD em Antropologia, Columbia) com pós-doutorado em História (Yale), é professora colaboradora do Programa de Pós-Graduação em Antropologia Social e do Programa de Pós-graduação em Ciências Sociais, ambos na UNICAMP, e bolsista 1A do CNPq. As suas pesquisas e publicações sobre migrações e deslocamentos combinam análises de cultura e política em perspectiva comparativa. Foi presidente da Associação Brasileira de Antropologia (2011-2012), representante da Área de Antropologia e Arqueologia da CAPES (2005-2007) e co-coordenadora do GT Migración, Cultura y Política da CLACSO (2010-2013), entre outras atividades.