O Corporativismo em Português

O Corporativismo em Português
Estado, Política e Sociedade no Salazarismo e no Varguismo
ISBN: 
978-972-671-212-1
Idioma: 
Português
Ano da primeira edição: 
2008
Data de publicação: 
2008/Abr
Nº Páginas: 
365
Formato: 
Capa Mole
23,50 €21,15 €

Contemporâneas da mesma década de 1930 quando parecia que o liberalismo e a democracia haviam abandonado a cena politica na Europa e na América do Sul, as ditaduras de Portugal e do Brasil tiveram também o mesmo nome: Estado Novo. O «estadonovismo» brasileiro teve a curta duração de oito anos. Pouco, se compararmos com os dezanove anos em que Getulio Vargas esteve à frente do executivo brasileiro (1930- 1945 e 1951- 1954), e muito mais curto ainda em relação as quatro décadas de consulados de António Oliveira Salazar (1932- 1968) e Marcello Caetano (1968-1974). Mas ambas as ditaduras participaram no magma politico e cultural do período entre as duas guerras do século XX e raramente foram estudadas em comparação. Realizado no Instituto de Ciências Sociais da Universidade de Lisboa, em Abril de 2006, o seminário «Salazarismo e varguismo: duas ditaduras em comparação» teve como um dos seus objectivos a superação da lacuna acima indicada. Reunindo especialistas de Portugal, do Brasil e da Franca, o encontro procurou fazer um balanço analítico sobre os sistemas antiliberais português e brasileiro entre a década de 1930 e a primeira metade da década de 1940, inserindo-os também no contexto internacional.

 

Introdução: duas ditaduras em português 
António Costa Pinto e Francisco Carlos Palomanes Martinho
p.13
O Estado Novo português e a vaga autoritária dos anos 1930 do século XX 
António Costa Pinto
p.23
Corporativismo e trabalho: Estado, classes trabalhadoras e organização sindical em Portugal e no Brasil
Francisco Carlos Palomanes Martinho
p.51
Autoritarismo e corporativismo no Brasil: intelectuais e construção do mito Vargas
Angela de Castro Gomes
p.85
António Ferro e Salazar: entre o poder e a revolução
Goffredo Adinolfi
p.115
Getúlio Vargas, o povo e a Secretaria da Presidência da República
Jorge Ferreira 
p.145
O corporativismo e as instituições do salazarismo: a Câmara Corporativa (1935-1945)
Nuno Estêvão Ferreira
p.169
A Ação Integralista Brasileira e a ditadura de Vargas
Giselda Brito Silva
p.207
A Igreja Católica portuguesa e a consolidação do salazarismo
Maria Inácia Rezola
p.245
Os tribunais da ditadura: o estabelecimento da legislação de segurança nacional no Estado Novo
Francisco Carlos Teixeira Da Silva 
p.279
A polícia e a justiça política nos primeiros anos do salazarismo. 1933-1945 
Irene Pimentel
p.311
Conclusão
Didier Musiedlak
p.351

 

António Costa Pinto, investigador coordenador no Instituto de Ciências Sociais da Universidade de Lisboa. As suas obras têm incidido sobretudo sobre o autoritarismo e fascismo, as transições democráticas  e a "justiça de transição"  em Portugal e na Europa. A longevidade do Estado Novo português levou-o inicialmente ao estudo comparado dos sistemas autoritários. Mais recentemente dedicou-se ao estudo do impacto da União Europeia na Europa do Sul. Outro tema a que se tem dedicado é o das elites políticas e as mudanças de regime. É autor de mais de 50 artigos em revistas académicas portuguesas e internacionais. Foi consultor científico do Museu da Presidência da República portuguesa e tem colaborado regularmente na imprensa, rádio e televisão.  

Francisco Carlos Palomanes Martinho, professor Livre Docente de História Ibérica junto ao Departamento de História da Universidade de São Paulo - USP, Brasil.  Bolsista de Produtividade do CNPq desde 2003. As suas pesquisas  concentram-se na análise dos intelectuais, do pensamento conservador-autoritário e das identidades nacionais no Portugal Contemporâneo.

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