O Antipatrimónio

O Antipatrimónio
Fetichismo do Passado e Dominação do Presente
Categoria: 
ISBN: 
978-972-671-619-8
Idioma: 
Português
Ano da primeira edição: 
2020
Data de publicação: 
2020/Out
Dimensão: 
23x15
Nº Páginas: 
246
Coleção: 
Colecção Geral
Formato: 
Capa Mole
18,00 €16,20 €

O património é hoje uma palavra na boca de todos. Foi criado por nações e instituições, estudado por intelectuais e cientistas, criticado pela sua capacidade de gerar conflitos em relação à identidade e à memória. Tem sido mercantilizado globalmente com base em critérios semelhantes, da Tailândia à Bolívia. Mas essas investigações partiram principalmente do pressuposto de que o património é algo dado, bom e valioso em si mesmo e que sempre existiu. Por isso, o conceito de património não tem sido questionado como categoria, ou seja, como forma de relação própria das sociedades fetichistas e, portanto, historicamente determinada e com raízes histórico-culturais intrinsecamente ligadas ao surgimento e expansão do capitalismo e à epistemologia do iluminismo, moderna e ocidental.

Este livro propõe uma crítica à categoria «património» a partir de uma etnografia da região de Maragatería, Espanha. A etnografia analisa empiricamente as transformações e processos que levam, ou não, o património a existir entre os maragatos.

 

Apresentação

Nuno Domingos

p. 13

Prefácio

Rui Gomes Coelho

p. 17

Introdução

Uma expressão fora do comum ou a etnografia como género literário?

p. 31
   
Capítulo 1: O surgimento do património: máquina de dominação e relacionalidade fetichista p. 45
Capítulo 2: A construção da diferença maragata: raça, etnia e nacionalismo no contexto ibérico p. 101
Capítulo 3: Da diferença à alteridade: a construção do camponês como subordinado no Noroeste ibérico p. 123
Capítulo 4: Gentrificação rural em Maragatería? A reivenção idílica de Santiago Millas p. 149
Capítulo 5: A máquina patrimonial: da produção comunal à apropriação do comum em Val de San Lorenzo p. 175
Capítulo 6: A negação do património p. 195
   

Posfácio

Paula Godinho

p. 213
   
Bibliografia p. 223

 

Pablo Alonso González é MPhil e PhD em Heritage Studies pela Divisão de Arqueologia da Universidade de Cambridge e Doutor em História pela Universidade de León. Atualmente é cientista sénior em Antropologia do IPNA-CSIC (La Laguna, Tenerife, Espanha). A sua pesquisa inclui a antropologia do património cultural em Espanha e na América, especialmente em Cuba. Dirigiu seis documentários etnográficos.

Recensão de Marta Prista ao livro  O Antipatrimónio: Fetichismo do Passado e Dominação do Presente: Pablo Alonso González. Práticas Da História. Journal on Theory, Historiography and Uses of the Past, (12), 295–302, 2021. https://doi.org/10.48487/pdh.2021.n12.24973

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