Entre Maputo e Lisboa

Entre Maputo e Lisboa
Reflexos de um Antropólogo na Blogosfera
Autor(es): 
Categoria: 
ISBN: 
978-972-671-348-7
Idioma: 
Português
Ano da primeira edição: 
2015
Data de publicação: 
2015/Jan
Dimensão: 
14x20
Nº Páginas: 
219
Coleção: 
Colecção Breve
Formato: 
Capa Mole
14,00 €

«Nunca desci uma rua de Maputo, nunca me cruzei com os seus habitantes, não sei a diferença entre o betão e o caniço, não apanhei nunca uma molha das suas chuvas torrenciais, não ouvi nunca os profissionais do humanitarismo conversar sobre orçamentos da sua ONG na mesa do café ao lado da minha. Paulo Granjo tem a capacidade de nos levar com ele a ver essas coisas por cima do seu ombro, mas também de ver os olhares de quem se cruza com ele. Esse é um hábito, ou talvez um talento de antropólogo, da sua observação participada. Mas igualmente este é um livro de cidadão em tempos de crise, de ‘participação observada’, uma participação que não é um frémito narcisista nem uma competição pelo ascendente e poder num campo político, mas uma participação que se observa a si mesma, com os seus limites e potenciais, fraquezas e forças.
Este livro tem, na mesma medida, esses dois olhares – o que vem da imaginação interpretativa do antropólogo e o que nasce da vontade fraterna do cidadão.»
Rui Tavares

 

Prefácio

Rui Tavares

p.15
Da «nuvem» para o papel (uma introdução) p.17
Incertezas, males e saberes p.27
Públicas violências p.63
Fevereiros e setembros p.107
Rés públicas, ou nem tanto p.137
Isto é que vai uma crise p.171
Alguns artigos do autor em acesso livre na internet p.211
Bibliografia e referências na internet p.215

 

Paulo Granjo, antropólogo, é investigador Auxiliar do Instituto de Ciências Sociais da Universidade de Lisboa e pioneiro da  antropologia industrial em Portugal e Moçambique.   Nesses dois países, aplicou-se também ao estudo de um amplo leque de  terrenos temáticos (a adivinhação e cura, a feitiçaria, as práticas familiares e lobolo, os linchamentos e protestos violentos, a reintegração social de veteranos, a discriminação de gémeos e albinos, as alterações climáticas ou a precariedade laboral) os seus dois principais interesses teóricos: as concepções e respostas sociais às ameaças e riscos, partindo do conceito de “sistemas de domesticação da incerteza”; e a integração da complexidade dos fenómenos sociais na análise que acerca deles é feita, com inspiração na “teoria do caos”.