Ana Isabel Marques Freire
Isabel Freire nasceu em Évora, em 1971. Doutorada em Sociologia pelo ICS-ULisboa (2016), com a tese A Intimidade afetiva e sexual na imprensa em Portugal (1968-1978). Licenciatura em Filosofia – Variante de História das Ideias, pela Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa. Fez o curso de formação geral no CENJOR (Centro de Formação Profissional para Jornalistas) e começou a trabalhar para a imprensa portuguesa em 2000, investigando preferencialmente a sexualidade e o género (Expresso, Público, Diário de Notícias, Grande Reportagem e Visão). Entre 2016 e 2019 foi redatora e editora de conteúdos do site da Sociedade Portuguesa de Sexologia Clínica.
Publicou o ensaio Amor e Sexo no Tempo de Salazar(Esfera dos Livros, 2010) e uma coletânea de biografias femininas: Fantasias Eróticas – Segredos das Mulheres Portuguesas(Esfera dos Livros, 2007). É coautora e jornalista do documentário Enxoval(Prémio Melhor Filme Português sobre Arte 2013, Festival Temps d’Images). Escreveu a dramaturgia Damas d’Ama(2003), a partir de uma etnografia sobre gravidez precoce entre jovens afrodescendentes, de bairros da Grande Lisboa (Cova da Moura, Estrela d’África, 6 de Maio e Moinho das Rolas) – encenação da Companhia Focus, exibições no Teatro Viriato (Viseu), Teatro Taborda (Lisboa), RTP África e RTP Internacional (2003).
Recentemente publicou Cidadania da sexualidade na imprensa portuguesa do pós-Revolução dos Cravos, Perspectiva, Florianópolis, 2019.
É investigadora do projeto Mulheres e Associativismo em Portugal, 1914-1974, financiado pela FCT (PTDC/HAR-HIS/29376/2017), cujo site é: https://womass.wordpress.com/
Tema de dissertação
A intimidade afetiva e sexual na imprensa em Portugal (1968-1978)
Orientadores
José Machado Pais (ICS, ULisboa)
Mary del Piore
A tese questiona a mudança social da intimidade na sociedade portuguesa de transição da ditadura para a democracia, recorrendo a uma análise de conteúdo combinada (quantitativa e qualitativa) dos discursos em torno dos afetos e sexualidades agendados na imprensa entre 1968 e 1978. A análise extensiva foca a evolução diacrónica do tema em mais de 1 500 artigos sobre intimidade publicados no Expresso, Diário de Lisboa, Modas & Bordados e Crónica Feminina. A análise compreensiva incide sobre uma discussão de leitoras da Modas & Bordados, que tem lugar entre 1975 e 1976, após a revista divulgar a narrativa autobiográfica de uma adolescente (Gisela, 15 anos), que afirma ter feito amor na noite do 25 de Abril de 1974.
Artigo em Revista
Livro/Autor
Capítulo de Livro
