Projectos Editoriais e Propaganda
25,00 € | 22,50 € |
Projectos Editoriais e Propaganda. Imagens e Contra-Imagens no Estado Novo pretende trazer à discussão os «projectos editoriais» do período entre 1934 e 1974, entendidos quer enquanto materiais impressos autónomos na sua maioria com imagens fotográficas (livros, catálogos, guias de viagem, álbuns ou fotolivros), mas também numa concepção mais alargada. É o caso de revistas de longa duração, como a revista Panorama, ou a produção documental de divulgação de uma grande exposição, como as várias que o regime promoveu. Os projectos editoriais são pensados enquanto objectos de mediação entre o poder político e o campo cultural e enquanto propaganda política e arte, pois os seus autores – fotógrafos, pintores, poetas, realizadores, produtores e designers – criam discursos imagéticos próprios a fim de responderem a objectivos comunicacionais de massas, estabelecerem relações e estratégias conceptuais e gráficas, produzirem diferentes suportes e novas formas de editar, publicar e circular pelo público. Os projectos editoriais aqui analisados integram-se tanto na propaganda visual do regime como em oposição a ele, depois da Segunda Guerra Mundial, naquilo a que chamámos «contra-imagens».
Projectos editoriais e propaganda. Imagens e contra-imagens no Estado Novo Filomena Serra, Paula André, Sofia Leal Rodrigues |
p. 23 |
O SPN e o SNI na encruzilhada do livro: António Ferro e o campo oficial da edição no Estado Novo Nuno Medeiros |
p. 41 |
Parte I - Fotolivros de propaganda |
|
Capítulo 1 - Portugal in construction Javier Ortiz-Echagüe |
p. 55 |
Capítulo 2 - Propaganda and montage: the albums of the Portuguese National Propaganda Secretariat (SPN) Natasha Revez |
p. 79 |
Capítulo 3 - Imagens fugazes e triunfais. As fotografias e os filmes da primeira viagem presidencial às colónias (1938-1939): uma leitura comparativa Susana Lourenço Marques |
p. 97 |
Capítulo 4 - A thousand-year Reich to be seen: the 1941 exhibition and photobook Modern German Architecture Eduardo Cintra Torres |
p. 117 |
Parte II - Revistas de propaganda |
|
Capítulo 5 - Do jornal Bandarra à revista Panorama (1935-1941): a estratégia dos projectos editoriais do Secretariado da Propaganda Nacional no plano mediático José Guilherme Victorino |
p. 147 |
Capítulo 6 - A revista Panorama (1941-1973): um projecto editorial de longa duração José Oliveira e Israel Guarda |
p. 167 |
Capítulo 7 - A revista Panorama: imagem e texto ao serviço de um discurso
Ana Quintas |
p. 193 |
Parte III - Meios de comunicação e estratégias de propaganda |
|
Capítulo 8 - George Peabody and Associates e o uso dos guias de viagem na promoção da imagem de Portugal e de Salazar nos EUA (1951-1962) Vasco Ribeiro |
p. 213 |
Capítulo 9 - A arquitectura escolar e o Estado Novo (1933-1974). Projectos editoriais de divulgação e propaganda do edifício escolar Alexandra Alegre, Ana Fernandes, Maria Bacharel |
p. 231 |
Capítulo 10 - O Estado Novo e a televisão: o caso Telescola em Portugal João Paulo Queiroz |
p. 255 |
Parte IV - Contradiscursos e contra-imagens |
|
Capítulo 11 - Expressive perspectives on the printed page: the photography of Ricardo Rangel between actualities and politicised fine art Paul Melo e Castro |
p. 275 |
Capítulo 12 - Projectos editoriais e contradiscursos: livros ilustrados & fotolivros, 1940-1960 Manuel Villaverde Cabral |
p. 303 |
Capítulo 13- O projecto gráfico da revista Almanaque: um olhar crítico sobre o mundo Sofia Leal Rodrigues |
p. 327 |
Capítulo 14 - Preparar o futuro. Uma aproximação aos projectos e processos da poesia experimental portuguesa Mariana Marín Gaspar |
p. 351 |
Capítulo 15 - O poema tipográfico subversivo. O desenho da tipografia e as estratégias linguísticas de subversão ideológica na obra impressa de Salette Tavares e de Ernesto Melo e Castro Jorge dos Reis |
p. 369 |
Filomena Serra, doutorada em História de Arte Contemporânea pela FCSH-UNL e membro integrado do Instituto de História da Arte daquela Faculdade, publicou diversos estudos de arte contemporânea na Editorial Caminho e em revistas internacionais. Foi co-curadora da exposição de arte contemporânea (Co)Habitar, que inaugurou a nova sede da Casa da América Latina e da UCCLA em 2017. Foi co-curadora da exposição Fotografia Impressa e Propaganda Visual no Estado Novo (Biblioteca Nacional, 2019). Os seus temas de investigação actuais incidem sobre o papel da fotografia impressa na propaganda no Estado Novo português. É investigadora responsável do projecto FCT – Fotografia Impressa. Imagem e Propaganda em Portugal(1934-1974) (PTDC/CPC-HAT/4533/2014).
Paula André é doutorada em Arquitectura pelo ISCTE-IUL e mestra em História da Arte pela Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa (FCSH-UNL). É professora do Departamento de Arquitectura e Urbanismo do ISCTE-IUL, onde coordena a área científica de Teoria e História da Arquitectura e Urbanismo. É docente no mestrado integrado em Arquitectura,no doutoramento em Arquitectura dos Territórios Metropolitanos Contemporâneos e no mestrado em Empreendedorismo e Estudos da Cultura. Investigadora integrada do Centro de Estudos sobre a Mudança Sócio-económica e o Território (DINÂMIA’CET-IUL). Coordena a linha temática «Imagens das realizações materiais» do projecto FCT – Fotografia Impressa. Imagem e Propaganda em Portugal (1934-1974) (PTDC/CPC-HAT/4533/2014). Co-coordena o Laboratório Colaborativo Dinâmicas Urbanas, Património, Artes. Seminário de Investigação, Ensino e Difusão.
Sofia Leal Rodrigues é doutorada em Design de Comunicação, mestra em Teorias da Arte (2002) e licenciada em Design de Comunicação (1998) pela FBAUL, onde é professora auxiliar. Lecciona no mestrado em Práticas Tipográficas e Editoriais Contemporâneas e no curso de doutoramento em Belas-Artes, especialidade de Design de Comunicação. É investigadora integrada no CIEBA e membro da equipa do projecto FCT — Fotografia Impressa. Imagem e Propaganda em Portugal (1934-1974).