A Revolução de 1820. Leituras e Impactos

A Revolução de 1820. Leituras e Impactos
Categoria: 
ISBN: 
978-972-671-703-4
Idioma: 
Espanhol, Português
Data de publicação: 
2022/Sep
Dimensão: 
23x15
Nº Páginas: 
846
Coleção: 
Colecção Geral
Formato: 
Capa Mole
25,00 €22,50 €

Este livro reúne uma seleção de textos apresentados no Congresso Internacional do Bicentenário da Revolução de 1820 que decorreu em Lisboa, na Assembleia da República e na Fundação Calouste Gulbenkian, entre os dias 11 e 13 de outubro de 2021. No seu conjunto, estes textos enquadram uma diversidade e pluralidade de leituras sobre a Revolução de 1820 e sobre os seus múltiplos impactos, designadamente nos planos político, social e institucional, tanto ao nível nacional como internacional.

São leituras e impactos que prolongam e reinventam abordagens relativas a um período histórico crucial para a compreensão do mundo contemporâneo, aberto pela era das revoluções em que se inscreve o movimento regenerador vintista. Neste sentido, o livro abre perspetivas inovadoras que constituem, para os organizadores desta edição, a melhor forma de assinalar o significado duradouro, os legados e a memória de um acontecimento histórico tão marcante como foi a Revolução de 1820.

Índice

 

Notas sobre os autores          p. 15
Apresentação      p. 31

Abertura            

Eduardo Ferro Rodrigues, Guilherme d’Oliveira Martins,

Miriam Halpern Pereira e Marcelo Rebelo de Sousa

p. 33

Parte I

CONSTITUCIONALISMO E CULTURA POLÍTICA

Capítulo 1

Modelos de constitucionalismo liberal            

António Pedro Barbas Homem

 

 

p. 49

Capítulo 2

Idea y acción en la construcción de la cultura política peninsular. Revolución, Monarquía y Constitución en 1812 y 1822             

Ángeles Lario

p. 65

Capítulo 3

Representação e direitos civis no triénio liberal português. Ideias e linguagens políticas              

Ana Cristina Araújo

p. 81

Capítulo 4

La utopía peticionaria. Derecho de petición y gobierno representativo durante la era de la revolución 

Diego Palacios Cerezales

p. 97

Capítulo 5

Os bispos e a liberdade, ou a liberdade dos bispos             

Manuel Clemente

p. 115

Capítulo 6

História e memória do vintismo. Olhares académicos sobre a Constituição de 1822 

Zília Osório de Castro e Luís Bigotte Chorão

p. 131

Capítulo 7

A Sociedade Literária Patriótica de Lisboa (1820-1823). Contributos para a cultura política do vintismo       

Diana Tavares da Silva

p. 141

Capítulo 8

Un moment espagnol? Pratiques électorales et culture constitutionnelle dans les Deux-Siciles, 1820       

Gian Luca Fruci

p. 157

Parte II

PROCESSO POLÍTICO: REVOLUÇÃO E CONTRARREVOLUÇÃO

Capítulo 9

Contrarrevolución y antirrevolución en Portugal y España durante los trienios constitucionales (1820-1823). Una visión ibérica comparada 

Ramon Arnabat Mata

 

 

p. 175

Capítulo 10

Entre tradição e modernidade: a cultura política contrarrevolucionária em Portugal, 1820-1834       

Maria Alexandre Lousada

p. 195

Capítulo 11

Miguelismo e jesuitismo. Descontinuidade no processo político para o liberalismo          

Francisca M. C. Branco Veiga

p. 215

Capítulo 12

A representação dos proscritos. Ideologia e conflito nas eleições para as Cortes ordinárias portuguesas de 1822       

Paulo Jorge Fernandes e Evaristo Caixeta Pimenta

p. 237

Capítulo 13

Liberalismo, contrarrevolução e exílio político no reinado de D. Miguel: Portugal e Brasil (1828-1834) 

Andréa Lisly Gonçalves

p. 255

Capítulo 14

Conservador, contrarrevolucionário e miguelista? O ideário político do visconde de Santarém (1819-1834)           

Daniel Estudante Protásio

p. 269

Capítulo 15

Um olhar sobre a revolução. O combate do cardeal-patriarca de Lisboa, D. Carlos da Cunha   

Teresa Ponces

p. 279

Parte III

LINGUAGENS, REPRESENTAÇÕES E OPINIÃO PÚBLICA

Capítulo 16

A Revolução Liberal de 1820 na história externa da língua portuguesa

Telmo Verdelho

 

 

p. 297

Capítulo 17

Liberalismo e opinião pública. Representações da imprensa liberal britânica em torno da Revolução portuguesa de 1820         

Pedro Couceiro e Elisabete Mendes Silva

p. 305

Capítulo 18

Cádiz, Oporto, Calcuta. Ecos bengalíes de las revoluciones ibéricas (1820-1823)     

Javier Fernández Sebastián

p. 323

Capítulo 19

Noções da revolução nos periódicos servis durante as Cortes de Cádis (1811-1814) 

Bruno Santos Sobrinho

p. 345

Capítulo 20

Revoluções de rosto jânico. Experiências e modernidade no conceito de revolução em Portugal e Espanha (1808-1823)          

Ricardo de Brito

p. 363

Capítulo 21

Periódicos e folhetos humorísticos de José Daniel Rodrigues da Costa desde a Revolução de 1820 até ao início da Guerra Civil

João Pedro Rosa Ferreira

p. 379

Capítulo 22

A «orquestra satírica» de Francisco de Assis Castro e Mendonça. O humor de um legitimista disfarçado de liberal   

Patrícia Gomes Lucas

p. 397

Parte IV

INDIVÍDUOS, GRUPOS E MOVIMENTOS SOCIAIS

Capítulo 23

Percursos pessoais e posições políticas em 1820. Como os agentes da cultura impressa portuguesa viveram os anos revolucionários     

Cláudio DeNipoti

 

 

p. 415

Capítulo 24

Os negociantes da praça do Porto e a Revolução de 1820           

Joaquim António Gonçalves Guimarães

p. 429

Capítulo 25

Os engenheiros portugueses e o liberalismo. Atuação política, social e económica           

Ana Cardoso de Matos

p. 445

Capítulo 26

Nas brumas do Sinédrio: João Ferreira Viana (1781-1861)     

Francisco Miguel Araújo

p. 463

Capítulo 27

Com Garrett pelos caminhos da revolução            

Fernando Augusto Machado

p. 481

Capítulo 28

General Claudino Pimentel (1776-1831). Um liberal nos caminhos da glória e do infortúnio       

Adília Fernandes

p. 499

Capítulo 29

José António Guerreiro, o liberal de Lanhelas: de vintista a cartista (1789-1834)       

José António Barreto Nunes

p. 513

Capítulo 30

À procura da nação. A comunidade italiana em Lisboa e o exílio político na altura do vintismo.            

Carmine Cassino

p. 527

Parte V

ESTADO E PODERES PERIFÉRICOS

Capítulo 31

A Revolução de 1820. O Porto entre o liberalismo político e o protecionismo económico           

José Viriato Capela e Henrique Matos

 

 

p. 547

Capítulo 32

O impacto do pronunciamento militar vintista nos municípios do sul             

Teresa Fonseca

p. 565

Capítulo 33

A Madeira e o vintismo. Das cinco vias à Constituição de 1822           

Paulo Miguel Rodrigues

p. 579

Capítulo 34

Reforma do sistema penal e prisional em debate (1820-1823)       

Maria João Vaz

p. 599

Capítulo 35

A saúde pública nos trabalhos parlamentares em Portugal e Espanha (1820-1823)       

Joaquim Melon Ribeiro Simões

 p. 615

Capítulo 36

A assistência aos expostos enquanto problema de saúde pública e os particularismos do contexto lisboeta           

Joana Vieira Paulino

p. 629

Parte VI

DO CONSTITUCIONALISMO ÀS INDEPENDÊNCIAS NA AMÉRICA DO SUL

Capítulo 37

O raiar da liberdade política. Leituras do movimento constitucional de 26 de fevereiro de 1821 no Rio de Janeiro 

Lucia Maria Bastos Pereira das Neves

 

 

p. 649

Capítulo 38

Maranhão, abril de 1821. A Revolução de 1820 no norte da América portuguesa             

Marcelo Cheche Galves

p. 667

Capítulo 39

«Como soldado, como português, e como filho de uma ilustre pátria por quem ainda darei a vida, e fazenda […]». Felisberto Caldeira Brant e a Revolução do Porto de 1820 

Rafael Cupello Peixoto

p. 681

Capítulo 40

1820: Luís do Rego Barreto, governador de Pernambuco         

Maria Beatriz Nizza da Silva

p. 697

Capítulo 41

Orden, soberanía territorial y unión confederal. La incorporación de la provincia Cisplatina al imperio de Brasil       

Ana Frega Novales

p. 711

Capítulo 42

Una Constitución que ponga en fuga a la anarquía. Constitucionalismo, construcciones políticas y prensa en la Provincia Oriental/Cisplatina            

Wilson González Demuro

p. 729

Parte VII

MEMÓRIAS E LEGADOS DA REVOLUÇÃO

Capítulo 43

Inventarse los mitos del trienio liberal para frenar el discurso revolucionario en la cultura liberal progresista     

Jordi Roca Vernet

 

 

p. 747

Capítulo 44

A evocação do centenário da Revolução de 1820 no arquipélago dos Açores              

Susana Serpa Silva

p. 763

Capítulo 45

A presença britânica em Portugal entre 1815 e 1820 revisitada a partir da correspondência do duque de Wellington            

Fernando Dores Costa

p. 779

Capítulo 46

A Conspiração de 1817 – Gomes Freire, de Raul Brandão. Mundividência histórica brandoniana             

Maria Otília Pereira Lage

p. 797

Capítulo 47

Noções de património. Os conceitos de monumento histórico e monumento nacional no período vintista        

Madalena Costa Lima

p. 815

Capítulo 48

Proscénios triunfais: as arquiteturas efémeras celebrativas da Revolução Liberal de 1820         

Milton Pedro Dias Pacheco

 p. 827

 

Miriam Halpern Pereira é professora catedrática emérita de História, Iscte-Instituto Universitário de Lisboa. Investigadora do CIES/Iscte-Instituto Universitário de Lisboa. Diretora dos Arquivos Nacionais entre 2001-2004. Diretora fundadora do CEHC e da revista Ler História. Publicações recentes: Sob Signo da Revolução de 1820: Economia e Sociedade (Assembleia da República, 2020). Gomes Freire e as Vésperas da Revolução de 1820, em colaboração com Ana Cristina Araújo (CML/ BN, 2018) e A Primeira República na Fronteira entre Liberalismo e Democracia (Gradiva, 2016). Recebeu a medalha de mérito científico (MCTES, 2017).

Ana Cristina Araújo é professora associada com agregação na Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra, investigadora integrada do Centro de História da Sociedade e da Cultura dessa mesma universidade e diretora da Revista de História das Ideias. É autora de numerosos artigos e livros sobre história das ideias e da cultura (séculos XVIII e XIX). Acaba de publicar Resistência Patriótica e Revolução Liberal, 1808-1820 (Imprensa da Universidade de Coimbra, 2022).

Daniel Alves é professor auxiliar no Departamento de História e investigador no Instituto de História Contemporânea (IHC), ambos da NOVA FCSH. Mestre em história do século XIX e doutorado
em história económica e social contemporânea. É editor da revista IJHAC: A Journal of Digital Humanities, publicada pela Edinburgh University Press (https://www.euppublishing.com/loi/ijhac) e editor-chefe da versão portuguesa do The Programming Historian (https://programminghistorian.org/pt/). Coordena o Laboratório de Humanidades Digitais do IHC (http://dhlab.fcsh.unl.pt/), sendo consultor da Infraestrutura Digital de Investigação ROSSIO (https://rossio.fcsh.unl.pt/). É atualmente subdiretor adjunto para as infraestruturas tecnológicas e transição digital da NOVA FCSH.
 

Jorge Fernandes Alves, investigador do Centro de Investigação Transdisciplinar Cultura, Espaço e Memória. Professor Catedrático (aposentado) do Departamento de História e de Estudos Políticos e Internacionais da Faculdade de Letras da Universidade do Porto. Investiga nas áreas da história económica e social e história política. Tem publicações sobre migrações, empresas e empresários, poder local, instituições de saúde, de ensino e associações.

José Luís Cardoso é investigador coordenador do Instituto de Ciências Sociais da Universidade de Lisboa e sócio efetivo da Academia das Ciências de Lisboa. Tem vasta obra publicada internacionalmente sobre temas de história do pensamento económico português em perspetiva comparada. É autor de diversos ensaios de história política, económica e intelectual sobre o período final do absolutismo e génese do liberalismo em Portugal. Publicou recentemente Manuel Fernandes Tomás. Escritos Políticos e Discursos Parlamentares (1820-1822) (Imprensa de Ciências Sociais, 2020).

Maria Alexandre Lousada, licenciada em história e doutorada em geografia (geografia histórica) pela Universidade de Lisboa. Professora da área de história na Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, e diretora do curso de doutoramento da mesma Faculdade. Investigadora do Centro de História da Faculdade de Letras e do Centro de Estudos Geográficos, ambos da Universidade de Lisboa. A sua investigação tem por objeto a construção da sociedade contemporânea portuguesa, tendo-se centrado no estudo das sociabilidades e do associativismo, da contrarrevolução, da produção do espaço urbano e dos primórdios do turismo em Portugal.

Zília Osório de Castro, investigadora integrada no Centro Interdisciplinar de Ciências Sociais, NOVA FCSH e professora catedrática jubilada dessa mesma universidade. Dedicou-se à investigação e docência sobretudo da história das ideias políticas dos séculos XVIII e XIX e nos últimos anos aos estudos sobre as mulheres, tendo publicado em ambos os âmbitos. Foi diretora adjunta da revista Cultura. História e Filosofia e fundadora e diretora de Faces de Eva. Estudos sobre a Mulher.