A Vaga Corporativa

A Vaga Corporativa
Corporativismo e Ditaduras na Europa e na América Latina
ISBN: 
978-972-671-368-5
Idioma: 
Português
Ano da primeira edição: 
2016
Data de publicação: 
2016/Apr
Dimensão: 
23x15
Nº Páginas: 
344
Coleção: 
Colecção Geral
Formato: 
Capa Mole
22,00 €19,80 €

Este livro tem como objetivo a análise da relação entre corporativismo e ditaduras, tema de estudo antigo no Brasil e em Portugal, dada a sua forte implantação, mas subestimado nos estudos comparados sobre as ditaduras do século XX. Com uma enorme difusão nas culturas políticas de elites intelectuais e políticas autoritárias na Europa e na América Latina dos anos 30, o corporativismo social e político foi a mais conseguida alternativa conservadora à democracia liberal na primeira metade do século XX. De facto ainda que os seus polos de irradiação ideológica e política tenham sido diversos e nem sempre autoritários, foram as experiências ditatoriais que institucionalizaram o corporativismo, fazendo dele não só um pilar da sua legitimação política como também um instrumento de intervenção económica e social.

 

Apresentação p. 19

1. Corporativismo, ditaduras e representação política autoritária

António Costa Pinto

p. 27
Parte I: As experiências europeias  

2. O corporativismo na ditadura fascista italiana

Goffredo Adinolfi

p. 41

3. "Estado corporativo" e ditadura autoritária: a Áustria de Dollfuss e Schuschinigg ( 1933-1938)

Gerhard Botz

p. 61

4. A Câmara Corporativa e o Estado Novo em Portugal (1935-1974): competências, interesses e políticas públicas

Nuno Estevão Ferreira e José Luís Cardoso

p. 101

5. O corporativismo na ditadura franquista

Glicerio Sanchez Recio

p. 129

6. O corporativismo na França de Vichy

Olivier Dard

p. 147
Parte II: Brasil e a América Latina  

7. Estado corporativo e organização do trabalho no Brasil e em Portugal (1930-1945)

Francisco Palomanes Martinho

p. 173

8. A representação profissional na Constituição de 1934 e as origens do corporativismo no Brasil

Cláudia Maria Ribeiro Viscardi

p. 199

9. Uma apropriação criativa. Fascismo e corporativismo no pensamento de Oliveira Vianna

Fabio Gentile

p. 223

10. O integralismo de Plínio Salgado e a busca de uma proposta corporativista para o Brasil

Leandro Gonçalves

p. 255

11. Ditadura e corporativismo na Constituição de 1937: o projeto centralizador e antiliberal de Francisco Campos

Rogério Dultra dos Santos

p. 285

12. Corporativismo, ditadura e populismo na Argentina

Federico Finchelstein

p. 307

13. Um projeto corporativo na Colômbia: Laureano Gómez entre os grémios económicos e o clero (1934-1952)

Helwar Hernando Figueroa Salamanca

p. 327

 

António Costa Pinto, investigador coordenador no Instituto de Ciências Sociais da Universidade de Lisboa. As suas obras têm incidido sobretudo sobre o autoritarismo e fascismo, as transições democráticas  e a "justiça de transição"  em Portugal e na Europa. A longevidade do Estado Novo português levou-o inicialmente ao estudo comparado dos sistemas autoritários. Mais recentemente dedicou-se ao estudo do impacto da União Europeia na Europa do Sul. Outro tema a que se tem dedicado é o das elites políticas e as mudanças de regime. É autor de mais de 50 artigos em revistas académicas portuguesas e internacionais. Foi consultor científico do Museu da Presidência da República portuguesa e tem colaborado regularmente na imprensa, rádio e televisão.  

Francisco Carlos Palomanes Martinho, professor Livre Docente de História Ibérica junto ao Departamento de História da Universidade de São Paulo - USP, Brasil.  Bolsista de Produtividade do CNPq desde 2003. As suas pesquisas  concentram-se na análise dos intelectuais, do pensamento conservador-autoritário e das identidades nacionais no Portugal Contemporâneo.