Este livro analisa a construção da identidade cultural, social e nacional que acompanhou o processo de transformação do Império Otomano na República da Turquia. Esse processo tem envolvido um esforço de desenvolvimento cultural, percebido no exterior como «ocidentalizador», que pode ser considerado único no contexto euro-asiático. Desenrola-se entre duas áreas civilizacionais diferenciadas que têm vivido mais separadas do que próximas: o Ocidente, predominantemente cristão, e o Médio Oriente, islâmico. A eventual adesão da Turquia à União Europeia – também esta herdeira de uma história de contornos multifacetados e à procura de uma identidade global – é uma questão central da agenda política actual. É por isso fundamental conhecer em profundidade o que está em jogo em todo este processo, de cuja condução depende muito do futuro próximo dos velhos e novos «europeus».