Sustentabilidade

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Este livro resulta do primeiro grande inquérito realizado à escala nacional sobre o tema da sustentabilidade. As ruturas ambientais e sociais resultantes do modelo de crescimento económico prevalecente têm-se feito sentir de forma progressiva em todo o mundo nos últimos anos, sobretudo a partir da crise financeira mundial de 2008, com particulares repercussões em Portugal entre 2011 e 2014. Nunca os valores da sustentabilidade foram tão decisivos e nunca estiveram em situação tão crítica como agora. Trata-se de procurar a transição para modelos de economia mais inteligentes que garantam políticas de regeneração e de desenvolvimento construtivas não só do ponto de vista económico, como ambiental, social, político e ético. Portugal é um laboratório fascinante nesta matéria por ter atravessado, nas últimas quatro décadas, mudanças rápidas com impactos na vida quotidiana dos cidadãos. O livro leva-nos a conhecer modos de vida e hábitos de consumo dos portugueses, identificando áreas onde se tornam prioritárias ações de informação, sensibilização e mobilização e fornecendo pistas para definir estratégias de atuação no sentido de um desenvolvimento sustentável assente numa relação mais equilibrada entre sociedade e natureza.
Introdução | p. 17 |
1. Portugal prospetivo: setores, políticas e problemas | p. 33 |
2. Sustentabilidade e sensibilidades | p.53 |
3. Consumo e perfis de consumidores | p. 73 |
4. Saúde, alimentação e desperdício | p. 91 |
5. Participação e práticas | p.129 |
6. Crise e mudança | p.145 |
Reflexões finais | p. 161 |
Bibliografia | p. 169 |
Luísa Schmidt, socióloga, é Investigadora Principal do Instituto de Ciências Sociais, Universidade de Lisboa, coordenadora do OBSERVA – Observatório de Ambiente, Território e Sociedade, onde desenvolve vários projectos de investigação que articulam ciências sociais e ambiente. Desde logo, refiram-se os primeiros grandes inquéritos sobre valores e práticas ambientais e também as análises mediáticas longitudinais sobre as questões de Ambiente e Natureza. Destaque também para a criação e coordenação de um sítio-web pioneiro de divulgação ambiental e científica (“Ecoline - Conhecer Mais para Mudar Melhor).
Mónica Truninger, socióloga, é investigadora auxiliar do Instituto de Ciências Sociais, Universidade de Lisboa, membro da equipa do OBSERVA e do Grupo de Investigação em Ambiente, Território e Sociedade do ICS, Universidade de Lisboa. Os projectos que tem vindo a desenvolver e a participar nas equipas abordam vários tópicos: a ligação do comércio de produtos locais nas cidades com os terrenos produtivos em espaço rural (STRINGS/FCT co-liderança); a sustentabilidade e a opinião dos Portugueses (através dos Grandes Inquéritos sobre Sustentabilidade/Missão Continente, co-liderança); segurança alimentar e questões higieno-sanitárias nos consumidores (Safeconsume/Horizonte 2020, liderança equipa ICS); frescura alimentar (ESRC/UK, International Co-PI); pobreza alimentar e famílias com crianças (FFHT/ERC, co-liderança da equipa ICS); insegurança alimentar em famílias com crianças (POAT/QREN, liderança); alternativas e comum (TRANSE-AC, liderança equipa ICS); sistema alimentar escolar e compras públicas sustentáveis (FCT, liderança); alimentação e emigração (FCT, participação); energias renováveis (FCT, participação); adolescentes, energia e TIC (FCT, participação); chefes de cozinha (FCT, participação); tecnologias domésticas e práticas de cozinha (liderança, fundos próprios); consumo sustentável (liderança, fundos próprios), produtos locais (co-liderança, fundos próprios). A abordagem teórica centra-se nas teorias da prática informadas por uma sensibilidade semiótica material. As abordagens metodológicas são mistas, desde métodos quantitativos aos qualitativos.
João Guerra, sociólogo, é investigador auxiliar no Instituto de Ciências Sociais, Universidade de Lisboa,membro da equipa de pesquisa do Grupo de Investigação em Ambiente, Território e Sociedade e do OBSERVA – Observatório de Ambiente, Território e Sociedade. Em 2018 foi eleito para a equipa coordenadora da Secção Temática Ambiente & Sociedade da Associação Portuguesa de Sociologia. Fora da academia integra, desde 2010, as Comissões Nacionais do ECO XXI e do ECO FREGUESIAS, projetos que anualmente avaliam características e práticas de sustentabilidade entre as freguesias e os municípios portugueses. Trabalha na área da sociologia do ambiente e da sustentabilidade.
Pedro Prista, antropólogo, é professor auxiliar do ISCTE-IUL, membro do CRIA-ISCTE-IUL, investigador associado do Instituto de Ciências Sociais, Universidade de Lisboa e membro fundador do Observa.