Futebol e Colonialismo

Futebol e Colonialismo
Corpo e Cultura Popular em Moçambique
Autor(es): 
Categoria: 
ISBN: 
978-972-671-292-3
Idioma: 
Português
Ano da primeira edição: 
2012
Data de publicação: 
2012/Jan
Dimensão: 
23x15
Nº Páginas: 
326
Coleção: 
Colecção Geral
Formato: 
Capa Mole
22,00 €19,80 €

Este trabalho é sobre futebol e o modo como era praticado em Lourenço Marques – a maior cidade e centro administrativo da colónia portuguesa de Moçambique – na primeira metade do século XX. O trabalho interpreta o desenvolvimento do jogo, desde a fundação dos primeiros clubes formados por expatriados ingleses, passando pela organização em Moçambique de filiais de clubes metropolitanos como o Sporting e o Benfica, até à abertura deste clubes a membros de uma elite africana, a maior parte deles mestiços, e à criação da Associação Africana de Futebol, com jogadores, na sua maioria, provenientes das classes trabalhadoras africanas que viviam na periferia pobre da cidade onde estes jogos decorriam. Os historiadores do futebol irão, com certeza, ficar interessados em aprender algo mais sobre o contexto que produziu talentos como Mário Coluna ou Eusébio, ambos figuras maiores do futebol europeu em meados do século XX. E a reivindicação de que o futebol é um – senão o – desporto mundial será apenas reforçada pelas descrições do entusiasmo com que os moçambicanos, de diferentes origens, abraçaram o jogo há tantos anos. Harry G.West

 

Prefácio
Harry G. West
p.15
Capítulo 1 - Da etnografia do futebol suburbano em Lourenço Marques, por José Craveirinha, a uma ciência das obras  p.19
Capítulo 2 - O corpo no jogo p.33
Capítulo 3 - O jogo no corpo p.49
Capítulo 4 - Uma desportivização colonial p.59
Capítulo 5 - O corpo e a cidade do Estado Novo  p.99
Capítulo 6 - O futebol no subúrbio de Lourenço Marques  p.119
Capítulo 7 - Uma ordem da interacção suburbana p.145
Capítulo 8 - A construção social da malícia e o subúrbio de Lourenço Marques p.173
Capítulo 9 - As práticas feiticistas como elemento de uma economia simbólica p.203
Capítulo 10 - Doçura e velocidade: a táctica como desencantamento do mundo p.277
Capítulo 11 - Narrativas futebolísticas e rituais sociais p.259
Capítulo 12 - História incorporada  p.295
Referências p.301
Bibliografia p.303
Índice remissivo p.315

 

Nuno Domingos, antropólogo, Investigador Auxiliar do Instituto de Ciências Sociais da Universidade de Lisboa. Trabalha sobre a história do colonialismo português, nomeadamente em Moçambique durante o período do Estado Novo. Escreveu sobre práticas de leitura e sobre a história do desporto em Portugal e em Moçambique e mais recentemente tem trabalhado sobre a antropologia da alimentação, desenvolvendo um projecto sobre vinho português no contexto colonial e pós-colonial.

Recensão de Will Rollason in Journal of the Royal Anthropological Institute, Volume 25 (2019), Issue 4, pp.655-870

Recensão de Peter Alegi in www.idrottsforum.org/alepet_domingos-and-cleveland180525/ (2018)