Tornando profissões de sonho realidade: Transições para novos mundos profissionais atractivos aos jovens
Tornando profissões de sonho realidade: Transições para novos mundos profissionais atractivos aos jovens
As dificuldades com que os jovens hoje se debatem nas suas transições para a vida adulta em geral, e no seu processo de transição para o trabalho em particular, têm tornado esta categoria social num alvo privilegiado de políticas públicas, bem como num dos mais produtivos objetos de estudo da sociologia contemporânea. Num contexto de flexibilização e volatilidade dos mercados de trabalho e de precarização da relação salarial, os jovens são hoje obrigados a lidar com a insegurança e a polivalência que crescentemente pontuam as suas transições para o mundo do trabalho. O valor do trabalho, contudo, não deixou de ser central na vida dos jovens. Não só continua a ter centralidade, como as suas atitudes perante esta dimensão da vida são mais exigentes, ambicionando no trabalho a combinação ideal de valores extrínsecos (como a segurança e remuneração) com valores intrínsecos (como a realização pessoal e o interesse pela tarefa). Ambição cuja realização, até recentemente, estava sobretudo associada ao exercício de profissões de prestígio sancionadas por diplomas escolares, como médico, advogado, engenheiro ou arquiteto. As profissões sonhadas tendiam a implicar a mediação seletiva da formação superior. No contexto atual, as promessas da universidade que informavam tais sonhos (segurança, estabilidade, emprego, estatuto social, etc.) têm sido colocadas em causa. O diploma já não garante a entrada e progressão numa carreira, sequer um emprego coerente com a formação que certifica. No atual contexto de crise da escola e de incerteza laboral, as promessas académicas concorrem com promessas mediadas por outros contextos sociais, como os media e as próprias culturas juvenis. As profissões de sonho juvenis já não passam obrigatoriamente por carreiras consagradas no ensino formal. Outro tipo de atividades e ocupações têm integrado as expectativas profissionais de cada vez mais jovens, promovendo a sua incursão em novos territórios educativos e laborais, bem como o ensaio de novas formas de viver as transições para a vida adulta que necessitam ser mais estudados.
Transições juvenis, Contextos de aprendizagem, Atitudes perante o trabalho, Culturas e identidades
As dificuldades com que os jovens hoje se debatem nas suas transições para a vida adulta em geral, e no seu processo de transição para o trabalho em particular, têm tornado esta categoria social num alvo privilegiado de políticas públicas, bem como num dos mais produtivos objetos de estudo da sociologia contemporânea. Num contexto de flexibilização e volatilidade dos mercados de trabalho e de precarização da relação salarial, os jovens são hoje obrigados a lidar com a insegurança e a polivalência que crescentemente pontuam as suas transições para o mundo do trabalho. O valor do trabalho, contudo, não deixou de ser central na vida dos jovens. Não só continua a ter centralidade, como as suas atitudes perante esta dimensão da vida são mais exigentes, ambicionando no trabalho a combinação ideal de valores extrínsecos (como a segurança e remuneração) com valores intrínsecos (como a realização pessoal e o interesse pela tarefa). Ambição cuja realização, até recentemente, estava sobretudo associada ao exercício de profissões de prestígio sancionadas por diplomas escolares, como médico, advogado, engenheiro ou arquiteto. As profissões sonhadas tendiam a implicar a mediação seletiva da formação superior. No contexto atual, as promessas da universidade que informavam tais sonhos (segurança, estabilidade, emprego, estatuto social, etc.) têm sido colocadas em causa. O diploma já não garante a entrada e progressão numa carreira, sequer um emprego coerente com a formação que certifica. No atual contexto de crise da escola e de incerteza laboral, as promessas académicas concorrem com promessas mediadas por outros contextos sociais, como os media e as próprias culturas juvenis. As profissões de sonho juvenis já não passam obrigatoriamente por carreiras consagradas no ensino formal. Outro tipo de atividades e ocupações têm integrado as expectativas profissionais de cada vez mais jovens, promovendo a sua incursão em novos territórios educativos e laborais, bem como o ensaio de novas formas de viver as transições para a vida adulta que necessitam ser mais estudados.