Processos de Envelhecimento em Portugal: usos do tempo, redes sociais e condições de vida
Processos de Envelhecimento em Portugal: usos do tempo, redes sociais e condições de vida
A investigação tem revelado a existência de relações estreitas entre a actividade social e vários aspectos da saúde física e mental das pessoas de idade, sublinhado a importância dessa actividade para as manter independentes, produtivas e saudáveis. Deste ponto de vista, o envolvimento com os outros e a ocupação do tempo de uma forma socialmente útil representariam condicionantes importantes do modo como se envelhece. As actividades das pessoas de idade, pelo menos algumas delas, podem constituir contribuições para o bem-estar da sociedade, como nos casos, entre outros, da contratação de trabalho pago, da agricultura de auto-subsistência, do trabalho voluntário, do apoio aos vizinhos e à comunidade, dos cuidados não-pagos prestados aos netos ou aos membros doentes da família. A difusão destas contribuições na população idosa constitui, sem dúvida, uma importante questão a ser investigada, não apenas devido à potencial relação positiva que é possível estabelecer com o estado de saúde dos indivíduos, mas também porque ajudaria a reequacionar o papel social da grupo idoso na sociedade, normalmente visto sob a égide da dependência, da pobreza ou da exclusão.
Apesar de a ideia do envelhecimento activo se revelar sedutora, sobretudo numa conjuntura em que aumenta o receio em relação ao custo social e económico da terceira idade, não se podem subestimar os factores individuais e sociais que favorecem ou inibem as oportunidades de envelhecimento saudável, como o género, a classe social, as condições de saúde ou outras características, tendo em consideração o contexto social, económico e cultural em que se manifestam. A actividade social tanto pode ser uma causa como uma consequência do envelhecimento saudável. Evitando entrar neste jogo de causalidade circular, o projecto propõe-se evidenciar, no essencial, o impacto dos diversos determinantes individuais e sociais nas articulações que se estabelecem entre os usos do tempo e o envelhecimento.
Em termos de recomendações para a política pública, o projecto espera mostrar a importância da actividade e das redes sociais na forma como se envelhece, mas sobretudo identificar as condições sociais que favorecem as motivações dos indivíduos para um envelhecimento activo e saudável. Estimular meios que promovam a actividade e criem laços com os outros são duas orientações que serão aprofundadas no sentido de encontrar respostas ou princípios de resposta para as políticas públicas.
A investigação tem revelado a existência de relações estreitas entre a actividade social e vários aspectos da saúde física e mental das pessoas de idade, sublinhado a importância dessa actividade para as manter independentes, produtivas e saudáveis. Deste ponto de vista, o envolvimento com os outros e a ocupação do tempo de uma forma socialmente útil representariam condicionantes importantes do modo como se envelhece. As actividades das pessoas de idade, pelo menos algumas delas, podem constituir contribuições para o bem-estar da sociedade, como nos casos, entre outros, da contratação de trabalho pago, da agricultura de auto-subsistência, do trabalho voluntário, do apoio aos vizinhos e à comunidade, dos cuidados não-pagos prestados aos netos ou aos membros doentes da família. A difusão destas contribuições na população idosa constitui, sem dúvida, uma importante questão a ser investigada, não apenas devido à potencial relação positiva que é possível estabelecer com o estado de saúde dos indivíduos, mas também porque ajudaria a reequacionar o papel social da grupo idoso na sociedade, normalmente visto sob a égide da dependência, da pobreza ou da exclusão.
Apesar de a ideia do envelhecimento activo se revelar sedutora, sobretudo numa conjuntura em que aumenta o receio em relação ao custo social e económico da terceira idade, não se podem subestimar os factores individuais e sociais que favorecem ou inibem as oportunidades de envelhecimento saudável, como o género, a classe social, as condições de saúde ou outras características, tendo em consideração o contexto social, económico e cultural em que se manifestam. A actividade social tanto pode ser uma causa como uma consequência do envelhecimento saudável. Evitando entrar neste jogo de causalidade circular, o projecto propõe-se evidenciar, no essencial, o impacto dos diversos determinantes individuais e sociais nas articulações que se estabelecem entre os usos do tempo e o envelhecimento.
Em termos de recomendações para a política pública, o projecto espera mostrar a importância da actividade e das redes sociais na forma como se envelhece, mas sobretudo identificar as condições sociais que favorecem as motivações dos indivíduos para um envelhecimento activo e saudável. Estimular meios que promovam a actividade e criem laços com os outros são duas orientações que serão aprofundadas no sentido de encontrar respostas ou princípios de resposta para as políticas públicas.