COPP-LAB: Circulações de polícias em Portugal, Africa Lusophona e Brasil

COPP-LAB: Circulações de polícias em Portugal, Africa Lusophona e Brasil

Nos últimos anos temos assistido a dinâmicas sociais e políticas de recomposição das forças de segurança e modelos de policiamento em países da África lusófona. Tal ocorre desde 1975, após processos de independência nacional e, em alguns casos, cessados conflitos devastadores.

A promoção de lideranças, a substituição dos antigos generais da guerra, ou chefias do exército, começou a oorrer antes de criadas as condições internas de formação e treino de police chiefs and comissioners. Enquanto isso, um processo de mutação dos quadros superiores foi tendo lugar na polícia de segurança pública portuguesa (PSP), por intermédio do Instituto Superior de Ciências Policiais e Segurança Interna (ISCPSI), especificamente criado para esse efeito em 1984. Portugal surgiu assim no eixo de formação avançada de polícias da África lusófona (incluindo recentemente a Guiné Bissau). São celebrados protocolos internacionais que remontam a 1989, sendo este processo de regresso à antiga metrópole algo que se repete noutros setores públicos: saúde, ensino, militar, justiça.

A formação, treino e profissionalização de polícias, os quadros da administração pública africanas em Portugal, Brasil e países africanos está em transformação. COPP-LAB leva-nos a escrutinar o grande tema das políticas e práticas de cooperação, transnacionalismos e mobilidades. Que capitais e valores materiais e simbólicos estão em jogo na transferência de saberes policiais?

COPP-LAB define-se a partir de quatro eixos de análise complementares de análise:

1. Mapeamento dos Polícias oficiais africanos em Portugal: Nos trilhos da profissionalização.
Portugal surge como ‘país-pivô' no plano transnacional de formação e treino de polícias no período pós-colonial dos últimos vinte anos. Entre 1984 e 2012, entre mais de 700 aspirantes formados no ISCPSI, no curso de Mestrado para polícias, 100 são ‘PALOP', alunos cooperantes'.

2. Estudo do fenómeno de ‘branding policial': Imagens de marca lusófonas? Será possível que estejam em formação redes lusófonas no mercado da segurança pública, num mundo onde mais de 272,9 milhões de pessoas falam português? Poderá estar em génese um novo paradigma de transnacionalização de modelos de segurança neste eixo atlântico? O Brasil entra em cena como ator em potencia, sobretudo com os programas recentes para a polícia, as UPP, as unidades de polícia pacificadora.

3. Polícias oficiais no regresso a casa: Agentes de mudança?
Para os cadetes africanos, treinados fora dos seus países de origem, a progressão profissional surge aliada à mobilidade geográfica e transculturalização. Os cadetes devem formar-se na transnacionalidade para compor os quadros da administração pública nacional e atuar locamente. O que significa ser subcomissário, ‘chefe de esquadra', uma autoridades de comando local ou um líder da administração pública nacional, tendo em conta um processo de internalização de saberes que ocorre em simultâneo com a circulação do campo das ciênciais policiais?

4. COPP-LAB visa contribuir para a discussão das teorias antropológicas da mobilidade. Esta amplia-se a fluxos, circuitos e transações de pessoas, modelos de estado, redes, instituições, políticas, diplomacia e culturas transnacionais.

Estatuto: 
Entidade proponente
Financiado: 
Sim
Keywords: 

Transferência de saberes policiais, Países lusófonos, Pós-colonias, Mobilidade

Nos últimos anos temos assistido a dinâmicas sociais e políticas de recomposição das forças de segurança e modelos de policiamento em países da África lusófona. Tal ocorre desde 1975, após processos de independência nacional e, em alguns casos, cessados conflitos devastadores.

A promoção de lideranças, a substituição dos antigos generais da guerra, ou chefias do exército, começou a oorrer antes de criadas as condições internas de formação e treino de police chiefs and comissioners. Enquanto isso, um processo de mutação dos quadros superiores foi tendo lugar na polícia de segurança pública portuguesa (PSP), por intermédio do Instituto Superior de Ciências Policiais e Segurança Interna (ISCPSI), especificamente criado para esse efeito em 1984. Portugal surgiu assim no eixo de formação avançada de polícias da África lusófona (incluindo recentemente a Guiné Bissau). São celebrados protocolos internacionais que remontam a 1989, sendo este processo de regresso à antiga metrópole algo que se repete noutros setores públicos: saúde, ensino, militar, justiça.

A formação, treino e profissionalização de polícias, os quadros da administração pública africanas em Portugal, Brasil e países africanos está em transformação. COPP-LAB leva-nos a escrutinar o grande tema das políticas e práticas de cooperação, transnacionalismos e mobilidades. Que capitais e valores materiais e simbólicos estão em jogo na transferência de saberes policiais?

COPP-LAB define-se a partir de quatro eixos de análise complementares de análise:

1. Mapeamento dos Polícias oficiais africanos em Portugal: Nos trilhos da profissionalização.
Portugal surge como ‘país-pivô' no plano transnacional de formação e treino de polícias no período pós-colonial dos últimos vinte anos. Entre 1984 e 2012, entre mais de 700 aspirantes formados no ISCPSI, no curso de Mestrado para polícias, 100 são ‘PALOP', alunos cooperantes'.

2. Estudo do fenómeno de ‘branding policial': Imagens de marca lusófonas? Será possível que estejam em formação redes lusófonas no mercado da segurança pública, num mundo onde mais de 272,9 milhões de pessoas falam português? Poderá estar em génese um novo paradigma de transnacionalização de modelos de segurança neste eixo atlântico? O Brasil entra em cena como ator em potencia, sobretudo com os programas recentes para a polícia, as UPP, as unidades de polícia pacificadora.

3. Polícias oficiais no regresso a casa: Agentes de mudança?
Para os cadetes africanos, treinados fora dos seus países de origem, a progressão profissional surge aliada à mobilidade geográfica e transculturalização. Os cadetes devem formar-se na transnacionalidade para compor os quadros da administração pública nacional e atuar locamente. O que significa ser subcomissário, ‘chefe de esquadra', uma autoridades de comando local ou um líder da administração pública nacional, tendo em conta um processo de internalização de saberes que ocorre em simultâneo com a circulação do campo das ciênciais policiais?

4. COPP-LAB visa contribuir para a discussão das teorias antropológicas da mobilidade. Esta amplia-se a fluxos, circuitos e transações de pessoas, modelos de estado, redes, instituições, políticas, diplomacia e culturas transnacionais.

State of the art: 
.
Parceria: 
Rede Internacional

COPP-LAB

Data Inicio: 
15/04/2013
Data Fim: 
10/10/2015
Concluído