Tendo como ponto de partida a combinação de perspetivas no campo da sociologia da saúde e da sociologia da infância, o presente estudo pretende dar conta das experiências vividas das crianças que sofrem de dor crónica e das suas famílias. A vivência da dor, em particular na infância, é ainda um campo sociológico pouco explorado. Tratando-se do primeiro trabalho em Portugal acerca deste tema. Com o propósito de ir ao encontro do objetivo do estudo levar-se-á a cabo uma estratégia metodológica qualitativa, assente na aplicação de uma abordagem multi-método. Assim sendo, com o propósito de dar voz às crianças que sofrem de dor crónica optar-se-á por realizar entrevistas com recurso tanto à fotografia, como ao desenho a 20 crianças que sofrem de dor crónica com idades compreendidas entre os 7 e os 10 anos. Na medida em que se considera essencial cruzar os olhares das crianças com os olhares daqueles que acompanham a sua experiência de dor, procurar-se-á desenvolver entrevistas semi-estruturadas a 20 pais/representantes legais. De modo geral, este estudo pretende melhorar os cuidados de saúde proporcionados às crianças que sofrem de dor crónica em Portugal e às suas famílias. Nesta apresentação, dar-se-á conta do desenho do estudo, bem como dos desafios encontrados para a sua concretização.

Sobre o GI LIFE